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Wall Street resiste aos receios com o míssil da Coreia do Norte
As tecnológicas impulsionaram os índices accionistas, numa sessão em que as palavras de Trump serviram para sossegar os investidores.
Depois de um arranque de sessão ainda marcado pelo nervosismo com o lançamento de um míssil que sobrevou o Japão por parte da Coreia do Norte, as bolsas norte-americanas foram recuperando terreno, para fecharem o dia com variações positivas.
O Dow Jones valorizou 0,26% para 21.865,37 pontos e o Nasdaq avançou 0,3% para 6.301,8 pontos. O S&P500, que chegou a cair quase 1% durante a sessão, fechou o dia a ganhar 0,08%.
Numa sessão em que o ouro negociou no nível mais elevado do ano e o euro superou os 1,20 dólares pela primeira vez desde Janeiro de 2015, a moeda norte-americana também recuperou parte do terreno perdido. No fecho de Wall Street o euro cedia 0,04% para 1,1974 dólares.
Os investidores ficaram de alguma forma aliviados com a reacção de Donald Trump, que não se traduziu numa escalada da tensão com Pyongyang, numa altura e que os Estados Unidos estão focados nos estragos causados pelo furacão Harvey.
Numa declaração escrita, o presidente norte-americano disse que tais "acções ameaçadoras e desestabilizadoras" só aumentam o isolamento do regime de Pyongyang na região e em todo o mundo. O líder da Casa Branca sublinhou que as acções da Coreia do Norte mostram "desprezo pelos vizinhos" e que "todas as opções estão em cima da mesa" em relação à possível resposta norte-americana perante as manobras do regime liderado por Kim Jong-Un.
"Quando o presidente diz que todas as acções estão em cima da mesa, a melhor estratégia para os investidores é não fazer nada", afirmou à Reuters Brian Jacobsen, estratega da Wells Fargo na gestão de fundos.
As acções das cotadas ligadas ao sector energético, castigadas nas últimas sessões devido ao impacto do Harvey, também registaram uma sessão de acalmia esta terça-feira. Já as seguradoras continuaram em terreno negativo, com o índice do sector a recuar 0,5% para mínimos de dois meses.
Os índices accionistas acabaram por ser impulsionados pelas tecnológicas, com as maiores do sector - Apple, Alphabet, Microsoft, Facebook e Amazon – a fecharem todas em alta.
No lado das quedas destacou-se a retalhista de produtos electrónicos Best Buy, que afundou 11,9% depois de ter alertado que a forte subida das receitas no trimestre não deverá repetir-se.