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Wall Street recupera com ajuda de Biden

As principais bolsas norte-americanas recuperaram, com os investidores a digerirem as mais recentes declarações da Administração Biden sobre relações comerciais.

A escalada do conflito armado na Ucrânia e a inflação fora de controlo arrastaram os mercados e a confiança dos empresários.
Carlo Allegri/Reuters
23 de Maio de 2022 às 21:13
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O índice industrial Dow Jones fechou a somar 1,98% para 31.880,24 pontos, depois de na sexta-feira marcar a sua oitava semana consecutiva em queda – naquele que é o mais longo ciclo de perdas semanais desde 1923, ou seja, em 99 anos.

 

Já o Standard & Poor’s 500 avançou 1,86% para 3.973,75 pontos. Na sexta-feira, chegou momentaneamente a entrar em "bear market", a cair 20,6% face ao seu último máximo (também recorde) de fecho – atingido em janeiro.

 

E apesar de, na sexta-feira, ter o S&P conseguido recuperar fôlego e terminar na linha de água, o índice fixou a sexta semana seguida no vermelho (a mais acentuada série semanal de descidas desde 2001 – ano dos atentados terroristas nos EUA).

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,59% nesta segunda-feira, para se estabelecer nos 11.535,27 pontos.

 

A recuperação de hoje ficou a dever-se sobretudo ao facto de o presidente norte-americano, Joe Biden, ter dito que está a ponderar aliviar as tarifas sobre os produtos chineses que foram impostas durante a Administração Trump.

 

As declarações de Biden, feitas durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, seguem-se às da secretária norte-americana do Tesouro, Janet Yellen, que na semana passar disse estar a incentivar a Administração Biden a acabar com as tarifas – que considera que causam danos adicionais aos consumidores e empresas dos Estados Unidos.

 

A possibilidade de haver algum alívio nas tarifas alfandegárias sobre produtos chineses, numa altura em que a economia dos EUA se debate com uma elevada inflação, ajudou – pelo menos temporariamente – a abrir o apetite pelos ativos de risco, como as ações, que têm sido bastante castigados nas últimas semanas devido à subida de preços, às políticas monetárias mais agressivas por parte da Fed e aos receios em torno da Ucrânia e da China.

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