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Wall Street recua à espera da Fed e com incerteza política no radar

A incerteza geopolítica e a possível decisão de aumento de juros nos EUA marcam o arranque da sessão em Nova Iorque esta terça-feira. Os três principais índices arrancaram o dia em queda.

14 de Março de 2017 às 13:39
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Os principais índices accionistas dos Estados Unidos abriram esta terça-feira em terreno negativo, no dia em que arranca a reunião da Fed que deverá decidir novo aumento de juros e perante a decisão de saída do Reino Unido confirmada ontem no parlamento britânico. 

O S&P 500 abriu o dia a cair 0,31% para os 2.366,15 pontos, naquela que é a primeira sessão negativa das últimas quatro. O industrial Dow Jones recua 0,25% para 20.830,02 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq cede 0,27% para 5.859,72 pontos. As praças norte-americanas seguem assim o sentimento negativo visível nos índices accionistas europeus.

Além do início da reunião da Reserva Federal, onde se espera que possa ser anunciado amanhã um aumento dos juros, também condicionam as negociações a incerteza geopolítica na Europa - com as sondagens na Holanda a sugerirem a ascensão da extrema-direita nas eleições de quarta-feira -, além da luz verde dada a Theresa May para desencadear o Brexit.

O índice holandês AEX, que hoje segue em queda, fechou ontem na melhor sessão desde 2007 perante os estudos de opinião que, apesar de darem conta de ganhos do PVV de extrema-direita de Geert Wilders, colocam os liberais de Mark Rutte à frente ou empatados com o PVV.

Ontem foi a vez de a Câmara dos Comuns ter dado o passo que faltava, viabilizando a proposta de lei do Governo de Theresa May, com o qual o governo pode agora dar sequência ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Já só falta a assinatura da rainha Isabel II e escolher a data, que será anterior ao final do mês.

Em Washington o comité de política monetária da Reserva Federal manteve para hoje e amanhã - apesar da tempestade de neve que atinge a costa leste dos EUA e que coloca sob aviso uma região onde vivem 30 milhões de pessoas - a reunião que poderá elevar o preço do dinheiro na maior economia do mundo em 0,25 pontos percentuais.

"Com um calendário intenso de acontecimentos geopolíticos a chegar, em particular na Zona Euro, os investidores deverão reduzir o apetite pelo risco perante o alinhamento de vários acontecimentos potencialmente voláteis," afirmou à Reuters Dafydd Davies, partner da Charles Hanover Investments.

Na mira dos investidores estarão ainda as reuniões desta semana do Banco de Inglaterra e do Banco do Japão e o encontro dos ministros das Finanças do G20.


Entre as cotadas em Nova Iorque destacam-se pela negativa as acções da farmacêutica Valeant no início desta terça-feira, 14 de Março, ao tombarem 9,99% para 10,90 dólares, depois de o fundo Pershing Square de Bill Ackman ter anunciado a venda da participação que detinha naquela empresa. 


(Notícia actualizada às 13:58 com mais informação)

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