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Wall Street prossegue em baixa após maior queda em cinco meses

Há cinco meses que Wall Street não desvalorizava tanto quanto se viu ontem. No início da sessão de hoje, a tendência mantém-se.

Reuters
08 de Maio de 2019 às 14:38
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Depois da pior sessão desde janeiro, Wall Street abriu novamente em queda esta quarta-feira, 8 de maio, prolongando as perdas provocadas pela disputa comercial entre os EUA e a China. Num novo tweet, publicado antes da abertura das bolsas norte-americanas, Donald Trump garantiu que a viagem do vice-primeiro-ministro chinês tem como objetivo fechar o acordo.

O Dow Jones desce 0,03% para os 25.945,09 pontos, o S&P 500 desvaloriza 0,1% para os 2.881,36 pontos - o índice já está mais de 2% abaixo do máximo histórico que tinha alcançado na semana passada - e o Nasdaq desliza 0,12% para os 7.953,11 pontos. Para já, os investidores estão a resguardar-se em ativos de "refúgio", afastando-se das ações. 

As quedas estão a ser causadas pelo nervosismo dos investidores em relação à disputa comercial entre os EUA e a China. Desde que o presidente norte-americano pressionou a China com mais tarifas, o processo - que parecia estar bem encaminhado para um acordo - tem agora um desfecho incerto. Os mercados aguardam os próximos desenvolvimentos até sexta-feira, dia em que entram em vigor as novas tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano. 

Em primeiro lugar, os EUA vão aumentar a tarifa de 10% para 25% que é aplicada a um grupo de bens no valor de 200 mil milhões de dólares. Em segundo lugar, vão alargar a aplicação das tarifas (neste caso de 25%) aos restantes bens chineses que ainda não eram alvo de taxas aduaneiras no valor de 325 mil milhões de dólares.

Liu He, o representante comercial do presidente chinês, Xi Jinping, regressa esta quarta-feira a Washington para o que poderá ser uma ronda final de conversações comerciais nesta quinta e sexta-feira. O não cancelamento da agenda foi interpretado como um bom sinal, mas simultaneamente foram divulgadas notícias de que a China estaria a preparar tarifas retaliatórias caso a ameaça norte-americana avance. 
Agora é o próprio Donald Trump que adianta no Twitter que os chineses estão determinados a chegar a acordo com os EUA esta semana. "A China acabou de nos informar que o vice-primeiro-ministro está a vir para os EUA para fazer um acordo", assegurou o presidente norte-americano no Twitter há cerca de 45 minutos. 

Em Wall Street, entre as cotadas, as mais penalizadas continuam a ser as que estão mais expostas às tarifas impostas à China. É o caso da Caterpillar ou da Boeing, assim como das fabricantes de chips cujas receitas têm origem, em grande parte, no mercado chinês.
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