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Wall Street no vermelho pelo segundo dia à espera da inflação nos EUA

Os principais índices do lado de lá do Atlântico voltaram a pressionar o botão de pausa do habitual "rally" de fim de ano, à espera de uma confirmação quanto a um corte de juros pela Fed na próxima semana. US Steel afundou mais de 9%, depois de ter sido noticiado que o presidente dos EUA planeia bloquear a compra da empresa pela Nippon Steel.

O candidato republicano venceu as eleições nos Estados Unidos e em Wall Street o dia foi de recordes ao contrário das bolsas europeias.
Richard Drew/AP
10 de Dezembro de 2024 às 21:13
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Os principais índices em Wall Street estão a negociar em queda pela segunda sessão consecutiva, interrompendo os mais recentes ganhos que levaram o o S&P 500 e o Nasdaq Composite a máximos históricos.

Os investidores continuam a antecipar o principal evento da semana, os números da inflação de novembro nos Estados Unidos - que serão conhecidos na quarta-feira. Os preços deverão ter subido ligeiramente no mês passado.

Este indicador é um dos últimos, entre os mais relevantes, a ser conhecido antes da última reunião de política monetária do ano da Reserva Federal, que se realiza a 17 e 18 de dezembro.

O S&P 500 perdeu 0,3% para 6.034,91 pontos, enquanto o industrial Dow Jones caiu 0,35% para 44.247,83 pontos, assinalando a quarta sessão de perdas consecutiva. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,25% para 19.687,24 pontos.

A probabilidade de uma descida de juros em 25 pontos base pela Fed em dezembro figura em 86%, depois de terem sido conhecidos dados que mostraram uma aceleração da taxa de desemprego e maior criação de emprego ao mesmo tempo.

As probabilidades sinalizam, no entanto, que a Fed deverá realizar uma pausa em janeiro, depois de discursos de vários membros da instituição liderada por Jerome Powell terem evidenciado uma velocidade mais lenta de alívio da política monetária devido à resiliência da economia norte-americana.

Entre os principais movimentos de mercado, a Oracle perdeu 6,67%, depois de ter ontem após o fecho da sessão divulgado os resultados do segundo trimestre com os lucros e as receitas a ficarem abaixo do esperado pelos analistas. Também as perspetivas para o resto do ano ficaram abaixo do estimado.

Por sua vez, a Micron Tecnhology cedeu 4,59%, mesmo após o departamento do comércio dos EUA ter finalizado um subsídio de mais de 6,1 mil milhões de dólares para a empresa construir fábricas para construção de "chips".

Já a Nvidia desceu 2,69%, depois de ontem ter perdido mais de 2%, após o regulador dos mercados financeiros chineses ter revelado que está a investigar a empresa devido a uma suspeita de violação da lei antimonopólio numa aquisição realizada em 2020 - e que foi, na altura, aprovada por Pequim. A "AI-darling" de Wall Street soma mais de 190% este ano.

Ainda entre as sete magníficas, a Alphabet pulou mais de 5%, após a empresa ter revelado o novo "chip" quântico e o ter considerado revolucionário. O Willow é mais rápido do que o seu predecessor e utiliza, como outros "chips" semelhantes, "qubits" - unidades de informação usadas para codificar dados em computação quântica - para representar números ao invés de transístores, que são utilizados nos semicondutores tradicionais.

A dona da Google afirmou que a sua tecnologia pode reduzir os erros esperados mais rapidamente do que estes aparecem.

Já a US Steel afundou mais de 9%, depois de a Bloomberg ter noticiado que o presidente dos EUA, Joe Biden, planeia bloquear formalmente a compra da empresa pela japonesa Nippon Steel, justificando a decisão com a segurança nacional. 

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