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Wall Street no vermelho após ser apanhada no fogo cruzado de Cabul e Jackson Hole

Com sinais de que os "falcões" da Fed vão insistir na retirada dos estímulos mais cedo e o atentado no exterior do aeroporto de Cabul, as bolsas dos EUA não resistiram e fecharam mesmo no vermelho.

As pressões inflacionistas têm provocado momentos de alguma turbulência nos mercados.
Carlo Allegri/Reuters
26 de Agosto de 2021 às 21:44
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Com o simpósio da Fed em Jackson Hole prestes a arrancar e com notícias de que pelo menos três "falcões" entre os membros da Reserva Federal vão insistir na retirada dos estímulos (o "tapering") o mais cedo possível, as bolsas de Nova Iorque acabaram por interromper os ganhos dos últimos dias. 

Já com os nervos à flor da pele devido à Fed, os investidores tiveram também de digerir o atentado do Estado Islâmico (ISIS) no exterior do aeroporto de Cabul, que provocou pelo menos a morte de 12 militares norte-americanos e de 13 afegãos, bem como mais de meia centena de feridos.

Assim, o Dow Jones acabou o dia a cair 0,54%, para os 35.213,12 pontos, enquanto o S&P 500 aliviou dos máximos históricos da véspera e fechou a perder 0,58%, para os 4.470,00 pontos. Também o Nasdaq Composite se "pintou" de vermelho e recuou 0,64%, para os 14.945,81 pontos, perdendo a fasquia dos 15 mil pontos.

O setor da energia foi o mais penalizado, acompanhando a queda nos preços do petróleo, pressionado também pela subida do dólar.

"Sendo certo que as notícias dos atentados no aeroporto de Cabul resultaram em alguma volatilidade, tornou-se quase consensual que Jackson Hole será mais ou menos um não-evento, com os investidores a mudarem as expectativas para que qualquer grande anúncio da Fed sobre o tapering será apenas feito mais tarde este ano", diz Christopher Murphy, co-diretor de estratégia de derivados no Susquehanna International Group, citado pela Bloomberg. 

Já Chris Zaccarelli, "chief investment officer" da Independent Advisor Alliance, defende que, se Powell não der pistas sobre um anúncio sobre a retirada gradual dos estímulos, as atenções vão estar centradas nos dados do emprego. 

"Um relatório de emprego forte a 3 de setembro levará a uma especulação crescente de que a Fed irá anunciar os planos para o tapering na reunião de setembro", argumenta. "Contudo, qualquer fraqueza ou desilusão com os números desse relatório irá empurrar o consenso para que o anúncio apenas será feito na reunião seguinte da Fed", assinala.
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