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Wall Street na linha de água após discurso de Yellen

As bolsas dos Estados Unidos estão praticamente inalteradas depois do discurso de Yellen e dos dados sobre a evolução dos preços no consumidor.

17 de Novembro de 2016 às 14:41
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Os principais índices norte-americanos abriram pouco alterados esta quinta-feira, 17 de Novembro, depois de Janet Yellen ter afirmado que a subida dos juros não deve ser adiada, e de ter sido revelado que os preços no consumidor, nos Estados Unidos, aumentaram pelo terceiro mês consecutivo.

 

O índice industrial Dow Jones sobe 0,02% para 18.872,45 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq soma 0,07% para 5.298,20 pontos. Já o S&P500 valoriza menos de 0,1% para 2.177,48 pontos. 

 

Esta quinta-feira, a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen sublinhou que demorar demasiado tempo a subir os juros pode levar a Fed a ter de o fazer de forma abrupta no futuro ou criar comportamentos de riscos excessivos nos mercados.

"Se o Comité Federal do Mercado Aberto [FOMC] adiar subidas na taxa dos fundos federais por demasiado tempo, pode acabar por ter de restringir a política de forma relativamente abrupta", referiu nas notas para a audição no Congresso dos EUA que forma publicadas no site da Fed. Yellen acrescenta ainda que "manter a taxa dos fundos federais ao nível actual durante demasiado tempo pode encorajar a tomada de riscos excessivos e, em última análise, comprometer a estabilidade financeira".

 

O discurso de Yellen – o primeiro desde que Donald Trump venceu as eleições dos Estados Unidos – corrobora a convicção do mercado, que aponta já para uma probabilidade de quase 100% de a Reserva Federal subir os juros na próxima reunião de Dezembro.

 

No entanto, a presidente da Fed salientou que a autoridade monetária continua a esperar "aumentos graduais" da taxa de fundos federais ao longo do tempo "de forma a atingir e manter o emprego máximo e a estabilidade dos preços".

 

Os dados sobre a evolução dos preços no consumidor, conhecidos esta quinta-feira, poderão constituir mais um argumento para a subida dos juros ainda este ano. Segundo o Departamento do Trabalho, os preços no consumidor registaram, em Outubro, o maior aumento em seis meses, sobretudo devido aos custos da energia e das rendas.

 

O índice de preços no consumidor aumentou 0,4%, em Outubro depois da subida de 0,3% no mês anterior. Em relação a Outubro de 2015, os preços no consumidor cresceram 1,6% - a maior subida homóloga desde Outubro de 2014.

 

A medida da inflação seguida pela Fed – um índice do Departamento do Comércio que mede os gastos com consumo pessoal – está actualmente em 1,7%, um pouco abaixo da meta de 2% da Fed, que não é atingida desde Abril de 2012.

 

Esta quinta-feira, foi ainda revelado que os pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos caíram para o nível mais baixo desde 1973. Os pedidos desceram em 19 mil para 235 mil na semana que terminou a 12 de Novembro. 

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