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Wall Street indefinida com atraso na reforma fiscal prometida por Trump

As principais praças norte-americanas encerraram a primeira sessão desta semana sem uma tendência definida, isto numa altura em que cresce a apreensão relativamente ao atraso na apresentação e implementação do plano económico do presidente Trump.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
20 de Março de 2017 às 20:19
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O índice Dow Jones fechou a sessão bolsista desta segunda-feira, 20 de Março, a ceder 0,04% para 20.905,86 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite terminou o dia a subir ténues 0,01% para 5.901,53 pontos.

Já o índice Standard & Poor's 500 fechou a primeira sessão desta semana a deslizar 0,2% para 2.373,47 pontos. 

A contribuir para a indefinição nas principais praças bolsistas norte-americanas está a perspectiva de que o plano económico do presidente Donald Trump - que assenta numa forte aposta em investimento públicos acompanhada de importantes cortes fiscais - possa ainda demorar até ser efectivamente implementado. 

Os ganhos generalizados verificados em Wall Street desde a vitória de Trump nas presidenciais de 8 de Novembro deveu-se, em grande medida, ao optimismo provocado pela expectativa das promessas de desregulação das regras aplicadas ao sector financeiro, cortes de impostos tanto para empresas como para famílias, e ainda a aposta na construção de grandes infra-estruturas como estradas, pontes e aeroportos. 

A agência Reuters sublinha que os casos em torno das alegadas escutas feitas pela administração de Barack Obama à campanha eleitoral de Trump, bem como as ligações da administração do actual presidente à Rússia estão a contribuir para que as questões económicas sejam colocadas em segundo plano. A dificuldade experimentada pela actual administração na substituição do Obamacare tem também dispersado o foco da Casa Branca dos temas eminentemente económicos.

Por outro lado, esta segunda-feira o dólar negociou nos mercados cambiais em mínimos de seis semanas, o que se deveu às garantias dadas pela Reserva Federal de que não fará mais do que duas subidas dos juros no curso de 2017. A Reserva Federal dos Estados Unidos salvaguardou mesmo que o decretar de novos aumentos do custo do dinheiro estará dependente da própria evolução da maior economia mundial, bem como dos riscos externos que pendam sobre aquela. 


Ainda a ensombrar Wall Street esteve a cimeira do G20 que terminou no passado sábado. Contrariamente à prática habitual, a declaração final conjunta das 20 maiores economias mundiais não fez qualquer alusão à importância do livre comércio, não constando do documento nenhuma condenação ao proteccionismo económico nem nenhum apelo ao cumprimento do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. Questões que deverão estar seguramente ligadas àquele que tem sido o novo posicionamento de Washington sobre estas matérias. 

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