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Wall Street fecha sem rumo definido à espera da Nvidia

A pressionar os principais índices estiveram, novamente, preocupações quanto à mais recente escalada de tensões entre a Rússia e a Ucrânia. Ainda assim, o S&P 500 fechou inalterado. A Target também pressionou ao afundar mais de 20%. Agora, será a vez da Nvidia apresentar contas.

Os investidores estão a apalpar terreno, enquanto digerem o novo cenário político nos Estados Unidos.
Brendan McDermid/Reuters
20 de Novembro de 2024 às 21:07
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Wall Street fechou a sessão desta quarta-feira em terreno dividido, momentos antes de a Nvidia apresentar resultados trimestrais. A pressionar os principais índices estiveram, novamente, preocupações quanto à mais recente escalada de tensões entre a Rússia, a Ucrânia e o Ocidente, mas também perspetivas pouco animadoras da Target. 

O S&P 500 não sofreu alterações e manteve-se nos 5.911,97 pontos, enquanto o Nasdaq Composite desvalorizou 0,11% para 18.966,14 pontos. Já o Dow Jones subiu 0,32% para 43.408,47 pontos.  

Os três principais índices sofreram perdas durante o dia de hoje, principalmente motivadas por um ataque ucraniano a solo russo, que contou com a utilização de mísseis de longo-alcance fornecidos pelo Reino Unido à Ucrânia.

A notícia chega um dia depois do uso de armas de longo-alcance norte-americanas pela Ucrânia ter incentivado Moscovo a flexibilizar as regras de utilização do seu arsenal nuclear – o maior do mundo. 

Conhecido como o "barómetro de medo" de Wall Street, o VIX subiu até aos 18,79 pontos durante o dia de hoje - valor mais alto desde as eleições presidenciais norte-americanas de 5 de novembro. 

"[O mercado] ficou hoje um pouco mais defensivo depois de uma forte recuperação durante o dia de ontem, [nomeadamente] no setor da tecnologia", disse à Reuters James Regan, da D.A. Davidson.  

Regan acrescentou que "talvez haja uma visão conservadora antes dos ganhos da Nvidia ou uma reação mais ampla aos resultados da Target (...). Há também mais preocupações geopolíticas com as tensões na Ucrânia e na Rússia e a evacuação das embaixadas dos EUA". 

Entre os movimentos de mercado, a Target afundou mais de 20%, depois de a retalhista ter reduzido as suas perspetivas para o ano inteiro, devido à estabilização das vendas e à acumulação de "stocks". Esta queda nas perspetivas de venda compara com o aumento anunciado pela Walmart – concorrente direta da Target - das suas previsões anuais de vendas e de lucros.  

As atenções viram-se agora para a apresentação de resultados trimestrais por parte da Nvidia, a última das "big tech" a apresentar contas.

Há mesmo quem considere que os resultados da gigante produtora de "chips" serão o catalisador mais importante deste ano - mais do que a reunião de dezembro da Reserva Federal (Fed) norte-americana, de acordo com analistas do Barclays citados pela Bloomberg. As ações da empresa fecharam a sessão a perder 0,76%. 

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