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Wall Street fecha primeira sessão do ano no vermelho
Os principais índices do lado de lá do Atlântico arrancaram o dia com valorizações, mas não sustentaram os ganhos. Durante a sessão, os investidores avaliaram dados do mercado de trabalho dos EUA e a queda de mais de 6% da Tesla, mas não só.
Wall Street fechou a primeira sessão do ano em terreno negativo, depois de os principais índices do lado de lá do Atlântico terem arrancado o dia com valorizações. Durante esta quinta-feira, os investidores pesaram dados sólidos do mercado de trabalho, uma subida do dólar e a queda das ações da Tesla.
O S&P 500 recuou 0,22% para os 5.868,55 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perdeu 0,16% para 19.280,79 pontos. Já o Dow Jones caiu 0,36% para 42.392,27 pontos.
O desempenho mais fraco dos índices do lado de lá do Atlântico nesta quinta-feira surge depois de um sólido ano de 2024. O S&P 500 subiu 23%, mas terminou o ano com quatro dias consecutivos de queda pela primeira vez desde 1966.
"Se pensarmos que [os índices dão] dois passos para frente, um passo para trás, [agora] estamos naquela fase de um passo para trás depois de um 2024 excecional", disse à CNBC Angelo Kourkafas da Edward Jones.
No que toca ao mercado de trabalho norte-americano, os pedidos de subsídio de desemprego no país caíram 9.000 em relação à semana anterior para 211.000 na última semana de 2024. Este valor contrasta fortemente com o aumento esperado para 222.000 e marca o valor mais baixo de pedidos iniciais de subsídio de desemprego em oito meses.
Estes resultados parecem aumentar a probabilidade de a Reserva Federal (Fed) norte-americana manter as taxas diretoras na próxima reunião - a ter lugar no final do mês de janeiro -, caso a inflação continue a não abrandar ao ritmo desejado.
A série de quedas consecutivas para os principais índices significa que não será possível que o "rally" do Pai Natal - normalmente caracterizado pela subida dos índices nos cinco últimos dias de um ano e nos dois primeiros dias de negociação de janeiro - se materialize.
Entre os movimentos de mercado, a Tesla afundou mais de 6% depois de a produtora de veículos elétricos ter registado a primeira queda anual nas entregas de novos carros. Também a Apple cedeu, com perdas de mais de 2%, depois de a empresa ter oferecido descontos na China para competir com os rivais do país asiático, de acordo com a Bloomberg.
Por outro lado, as ações ligadas a criptoativos como Coinbase, a MicroStrategy e a MARA Holdings ganharam, acompanhando os preços mais altos da bitcoin, que hoje valorizou mais de 2%, tendo-se fixado acima dos 97.000 dólares.
Entre as restantes "big tech", a Nvidia subiu 2,99%, a Meta pulou 2,34%, a Amazon cresceu 0,38% e a Alphabet manteve-se inalterada. A Microsoft, por sua vez, cedeu 0,69%.