O otimismo entre os investidores de Wall Street abrandou e os três principais índices acabaram por terminar a sessão desta terça-feira com ganhos modestos, num momento em que o mercado reavalia os riscos decorrentes de uma guerra comercial, que podem levar a um abrandamento na maior economia do mundo e a um acelerar da inflação.

O S&P 500 somou 0,16% para os 5.776,65 pontos. Já o Nasdaq Composite ganhou 0,46% para 18.271,86 pontos e o Dow Jones fechou na linha d'água nos 42.587,5 pontos.

A piorar o sentimento do mercado esteve o relatório da confiança do consumidor norte-americano do Conference Board, que derrapou para mínimos de quatro anos e a causa é, nada mais nada menos, do que as tarifas impostas por Donald Trump. 

"O sentimento é de cautela", disse Fawad Raz, do City Index e Forex, à Bloomberg. "Há receios de que a recuperação possa ter subido um pouco demais. Claramente, alguns investidores continuam a não estar convencidos que o pior já passou", acrescenta. "Há uma paralisia. O mercado não sabe o que fazer porque não sabe que política vai ser adotada", explicou ainda Charles Ashley, da Catalyst Funds. 

O Presidente dos EUA vai anunciar as tarifas recíprocas aos parceiros comercias no próximo dia 2 de abril. Entre avanços e recuos, o republicano disse ontem que, afinal, não iriam ser tão agressivas quanto se esperava, o que trouxe algum alento aos mercados. Alguns países e setores podem ficar de fora, adiantou ainda Trump, apenas apontando o setor automóvel como a próxima "vítima".

Entre os principais movimentos de mercado, a KB Home afundou mais de 5% depois de cortar a previsão de vendas para este ano. 

Dentro das "Sete Magníficas", que ontem impulsionaram Wall Street, a Tesla subiu 3,3%, a Nvidia caiu 0,5%, a Amazon e a Meta Platforms subiram mais de 1%, enquanto a Alphabet valorizou 1,6%. Já a Apple subiu 1,3% enquanto a Microsoft avançou 0,5%.