Wall Street fez uma pausa dos ganhos esta quinta-feira, com os índices a recuarem de forma ligeira depois de nas últimas sessões terem coleccionado máximos históricos.

O índice Dow Jones fechou a cair 0,14% para 22.841,01 pontos, o Nasdaq Composite cedeu 0,18% para 6.591,5 pontos e o Standard & Poor’s 500 caiu 0,23% para 2.549,43 pontos.

Depois de ontem ter fechado em alta ligeira, numa sessão em que o industrial Dow Jones voltou a renovar máximos de sempre, Wall Street foi penalizado pela desvalorização das cotadas do sector financeiro, das petrolíferas e das operadoras de telecomunicações.

Na banca a tendência foi negativa apesar de dois importantes bancos do sistema americano terem reportado esta manhã aumentos dos lucros e das receitas no terceiro trimestre face ao período homólogo.

O JPMorgan foi o primeiro ao revelar que entre Julho e Setembro obteve lucros de 6,73 mil milhões de dólares, um aumento de 7,1% face ao mesmo período do ano passado.

Seguiu-se já ao final da manhã o Citigroup que reportou um aumento de 8% dos lucros no terceiro trimestre deste ano, com o resultado líquido a crescer de 3,8 mil milhões de dólares no terceiro trimestre de 2016 para 4,1 mil milhões de dólares.

O JPMorgan fechou a sessão a cair 0,88% para 95,99 dólares e o Citigroup caiu 3,43% para 72,37 dólares. Ainda na senda da apresentação de resultados pelos bancos americanos, esta sexta-feira será a vez de o Bank of America e o Wells Fargo divulgarem os números relativos ao terceiro trimestre.

Nas telecomunicações o dia também foi negativo depois de a AT&T ter revelado uma queda acentuada e inesperada nos subscritores de serviços de vídeo. A operadora afundou 6,1% para 35,86 dólares.

O sector petrolífero também contribuiu para o tom negativo, já que o petróleo desce mais de 1% em Londres e Nova Iorque, com WTI perto de voltar abaixo dos 50 dólares. A Exxon Mobil caiu 0,23%.   

Ainda a influenciar os investidores americanos esteve a divulgação, esta quarta-feira pela Reserva Federal dos Estados Unidos, das actas relativas ao encontro de Setembro da autoridade monetária americana.

As actas denotam a preocupação de vários membros da Fed relativamente ao facto de a taxa de inflação continuar aquém da meta de 2% estabelecida como objectivo pela instituição liderada por Janet Yellen. Esta continua a ser apontada como a principal razão para a Fed não ter ainda decidido sobre um hipotético novo aumento dos juros em Dezembro, cenário que mesmo assim continua a ser visto como o mais provável pela generalidade dos investidores.