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Wall Street cede ligeiramente após máximos históricos

Wall Street abre condicionado pela retórica à volta das negociações comerciais entre os EUA e a China e os sinais dados por Jerome Powell de que a Fed vai manter os juros inalterados durante algum tempo.

Reuters
26 de Novembro de 2019 às 14:45
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As bolsas norte-americanas abriram em baixa ligeira na sessão desta terça-feira, 26 de novembro, após terem atingido máximos históricos na sessão de ontem.

O S&P 500 desce 0,08% para os 3.131,67 pontos, o Dow Jones desvaloriza 0,07% para os 28.043,93 pontos e o Nasdaq cede 0,02% para os 8.663,59 pontos - no caso do índice tecnológico este chegou a subir brevemente no arranque, atingindo um novo máximo.

Meia hora após o arranque, os índices norte-americanos têm negociado com altos e baixos, mas com variações curtas. Ainda assim, o Dow Jones e o Nasdaq voltaram a atingir máximos históricos ao subirem mais de 0,1% face à sessão de ontem.

As negociações comerciais continuam a ser um dos principais assuntos a determinar o rumo dos mercados. Em comunicado após uma chamada telefónica esta terça-feira de manhã, o Ministério do Comércio chinês revelou que a China e os EUA "alcançaram consenso" em como resolver "assuntos importantes" e vão manter o contacto para ultrapassar os restantes obstáculos da "fase um" do acordo comercial. 

Do lado dos EUA, a conselheira da Casa Branca, Kellyanne Conway, disse esta terça-feira, citada pela Reuters, que os dois países estão perto de um acordo, mas há três assuntos ainda por resolver: transferências de tecnologia, o roubo da propriedade intelectual e o défice comercial. 

Também a influenciar as bolsas norte-americanas estão as declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que disse que vê o "copo mais do que meio cheio" quando olha para a economia norte-americana, reforçando a ideia de que os juros diretores vão ficar inalterados por algum tempo. 

Antes da abertura da sessão foram divulgados os dados do comércio internacional de bens dos Estados Unidos. O défice comercial de bens baixou quase 6% em outubro - refletindo um volume menor de importações, o que tem sido volátil por causa das decisões das empresas consoante a introdução de tarifas à China -, atingindo o nível mais baixo em 17 meses. Ainda assim, o défice de 2019 em dólares deverá ser o maior em 11 anos.

Entre as cotadas, o destaque pela negativa vai para a Hewlett Packard (HP). As ações da empresa estão a cair mais de 1% após a fabricante de computadores ter revelado que as receitas no quarto trimestre terminado em outubro (ano fiscal das empresas) abaixo das expectativas de Wall Street.

Também o setor da canábis está a desvalorizar na sessão de hoje após a FDA (Food and Drug Administration, comparável ao Infarmed em Portugal) ter dito que o CBD (componente não psicotrópico da canábis) "tem potencial para fazer mal" aos consumidores. Uma das cotadas do setor que mais desce é a Aurora Cannabis mas tal deve-se principalmente à conversão de obrigações em capital (ações) com desconto face ao fecho da sessão anterior.

(Notícia atualizada às 15h com mais informação)
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