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Wall Street animada com crescimento do emprego e pressão de Trump sobre a Fed
As principais bolsas norte-americanas encerraram em terreno positivo, sustentadas por novos dados económicos robustos, pelos progressos nas conversações comerciais EUA-China, e pelas novas pressões de Trump no sentido de a Fed baixar juros.
O Dow Jones fechou a somar 0,15%, para 26.424,99 pontos, e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,46% para 2.892,74 pontos.
Foi a sétima sessão consecutiva de subidas para o S&P 500, o mais longo ciclo de subidas desde 2017.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,59%, para 7.938,69 pontos.
As bolsas do outro lado do Atlântico foram impulsionadas pelos novos dados económicos, que revelaram que o emprego em março nos EUA aumentou mais do que o previsto.
O número de contratações aumentou em 196.000 no mês passado, divulgou o Departamento norte-americano do Trabalho. A estimativa média dos economistas inquiridos pela Bloomberg apontava para um incremento de 177.000 postos de trabalho. A taxa de desemprego, por seu lado, manteve-se em torno de mínimos de 49 anos, nos 3,8%.
"Num panorama mais alargado, um mercado laboral robusto é um bom sinal para a economia, mas a baixa inflação também é atrativa para os mercados financeiros. Por isso, estamos numa situação favorável", comentou à Bloomberg um estratega da Nikko Asset Management, John Vail.
Por outro lado, a indicação de avanços nas conversações entre Washington e Pequim também sustentou os mercados.
As negociações comerciais entre os EUA e a China foram retomadas na quarta-feira, dia em que o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, se deslocou a Washington com a sua delegação. O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou ontem que as conversações estavam "a decorrer muito bem". Também o presidente chinês, Xi Jinping, declarou que tinham sido feitos "progressos substanciais" nesta frente.
Entretanto, Trump voltou a pressionar a Reserva Federal norte-americana, no sentido de descer os juros diretores para ajudar a sustentar o crescimento económico, e os mercados gostaram.
Se a Fed cortasse os juros, a economia dos EUA disparava "como um foguete", disse o presidente norte-americano.