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Wall Street abre em alta com excepção das tarifas às tecnológicas

As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão em terreno positivo, apesar de Trump ter avançado com mais tarifas sobre a China. A Casa Branca criou uma excepção para as tecnológicas, o que está a impulsionar as cotadas do sector.

Reuters
18 de Setembro de 2018 às 14:36
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Wall Street abriu a negociar em alta esta terça-feira, dia 18 de Setembro, com o contributo positivo do sector tecnológico. O conflito comercial entre os Estados Unidos e a China agravou-se com Donald Trump a anunciar uma taxa de 10% sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses. No entanto, criou uma excepção a produtos chineses que são essenciais para tecnológicas como a Apple.

O Nasdaq está a subir 0,2% para os 7.911,914 pontos, o Dow Jones avança 0,15% para os 26.103,65 pontos e o S&P 500 soma 0,22% para os 2.895,25 pontos. 

O presidente norte-americano avançou com as tarifas de 10% a 24 de Setembro, mas ameaçou que a 1 de Janeiro de 2019 - caso ainda não haja solução entre os dois países - vão ser agravadas para 25%. Esta é a taxa aplicada aos 50 mil milhões de dólares em bens chineses que já estão sob tarifas. 

Mas houve uma outra surpresa. A Casa decidiu "poupar" alguns produtos, segundo a Reuters. Entre eles estão os smartwatches das americanas Apple e Fitbit – com o grosso dos fornecedores dos acessórios dos seus relógios sediado na China – e outros produtos como capacetes de ciclismo e cadeiras de bebé para automóvel. Em Junho, Trump fez algo semelhante ao excluir os telemóveis e televisores das tarifas. 

A excepção feita para os produtos tecnológicos agradou aos investidores. Ao contrário do que aconteceu na sessão de ontem em que as tecnológicas penalizaram Wall Street, o sector está a valorizar no arranque da sessão de hoje. Tal verifica-se no grupo das gigantes tecnológicas (FAANG) como a Netflix, o Facebook, a Alphabet (Google), a Amazon e a Apple, cotadas que estão a valorizar. 

A Netflix é a que mais soma com uma subida de 1,82% para os 356,73 dólares, seguida pela Amazon com 1,37% para os 1.934,11 dólares. A Alphabet avança 0,68% para os 1.167,72 dólares, o Facebook soma 0,15% para os 160,82 dólares e a Apple ganha 0,59% para os 219,16 dólares.

As fabricantes de "chips" como a Nvidia ou a Micron estão a subir também. Já as acções da Oracle, a empresa norte-americana de software, estão a derrapar 3,9% depois de ter anunciado que falhou as estimativas de receitas. 

A China já prometeu uma nova retaliação, o que fez com que as bolsas chinesas registassem uma subida depois de atingirem um mínimo de quatro anos. Para já os mercados estão calmos uma vez que já tinham incorporado o agravamento do conflito comercial entre os EUA e a China. "Ainda que lance uma sombra sobre a África, a reacção imediata dos mercados pode ser limitada dado que as tarifas sobre os 200 mil milhões de dólares de bens chineses esteve na calha durante algum tempo", justifica Mitul Kotecha, estratega da TD Securities, em declarações à Bloomberg. 

(Notícia actualizada às 14h45)
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