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Vírus volta a ensombrar Wall Street. Dow e S&P 500 marcam pior sessão em dois anos e já estão negativos em 2020
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, devido aos renovados receios quanto ao impacto económico do coronavírus, numa altura em que a sua propagação fora da China se intensifica. Entre as poucas cotadas em alta destacou-se a Gilead, já que o seu medicamento remdesivir está a dar mostras de que poderá ajudar a tratar o vírus oriundo da China.
O Dow Jones fechou a ceder 3,43% para 27.996,56 pontos, quebrando assim o patamar dos 28.000 pontos, e o Standard & Poor’s 500 perdeu 3,35% para 3.225,89 pontos.
O Dow caiu 1.031,61 pontos e chegou a cair 1.080 pontos, tendo marcado a pior sessão em mais de dois anos: a 5 de fevereiro e a 8 de fevereiro de 2018 também cedeu mais de 1.000 pontos de cada vez, devido aos receios de pressões inflacionistas, tendo afundado mais de 4% no acumulado desses dois dias.
Com a queda de hoje, o índice industrial não só eclipsou os ganhos desde o início do ano como ficou negativo no acumulado de 2020, a ceder 2%.
O S&P 500 também registou a pior jornada desde fevereiro de 2018 e já está igualmente negativo no cômputo do ano, a descer 0,20%. Os 11 setores representados neste índice fecharam todos no vermelho.
Também o tecnológico Nasdaq Composite negociou em baixa, a recuar 3,71%, para 9.221,28 pontos.
Entre as 100 cotadas do Nasdaq 100, apenas duas fecharam no verde. Uma delas foi a responsável por dar também força ao Nasdaq Composite e ao S&P 500. Foi a biotecnológica Gilead Sciences, que subiu 4% depois de responsáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS) terem dito que um medicamento daquela empresa está a dar sinais de ser útil no combate ao coronavírus.
Segundo os responsáveis da OMS, o medicamento remdesivir está a mostrar que poderá ajudar a tratar aquele vírus oriundo da China (Covid-19).
A pressionar a negociação bolsista de forma generalizada em Wall Street voltaram a estar os receios dos investidores quanto ao impacto do coronavírus (Covid-19), numa altura em que a propagação do surto fora da China continua a intensificar-se – com especial ênfase em Itália, Coreia do Sul e Irão.
Na Europa, Itália é, com efeito, o país mais afetado até ao momento por esta epidemia, tendo hoje sido confirmada mais duas vítimas mortais naquele país – elevando assim para sete o número de mortos.
Os títulos da energia estiveram entre as maiores quedas, numa sessão em que o petróleo perdeu mais de 5% devido aos receios de que o vírus oriundo da China afete fortemente a procura mundial, num mercado já excedentário.
(notícia atualizada às 21:28)