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Vieira prepara venda dos 3,28% que detém na SAD do Benfica a 7,8 euros por ação

O ex-presidente do clube das águias, Luís Filipe Vieira, comunicou ao Sport Lisboa e Benfica que tem uma proposta de aquisição dos 3,28% que detém na SAD por um valor 80% acima da cotação atual. Clube pode exercer direito de preferência mas precisa de, pelo menos, igualar a oferta.

Pedro Ferreira
07 de Setembro de 2021 às 22:34
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A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informou, em comunicado à CMVM, que "tomou conhecimento pelo Sport Lisboa e Benfica de que esta entidade recebeu do Senhor Luís Filipe Ferreira Vieira uma comunicação para exercer direito de preferência relativamente à possível transmissão das 753.615 ações representativas de 3,28% do capital social da Benfica SAD de que este é titular".

 

Na referida comunicação não é identificado o potencial adquirente, é mencionado que a proposta de aquisição ascende a 7,80 euros por ação (o que corresponde ao valor global de 5.878.197 euros) e que o exercício ou não do direito de preferência deverá ser comunicado até ao fim do dia 15 de setembro de 2021, acrescenta o documento.

 

"Não consta da comunicação mais nenhuma informação acerca da potencial venda", refere o comunicado enviado à CMVM pela Benfica SAD, que diz não ter conhecimento de qualquer decisão do Sport Lisboa e Benfica a este respeito.

 

O preço referido, de 7,8 euros, é superior em 79,7% ao valor a que as ações da SAD "encarnada" encerraram hoje (4,34 euros).

Luís Filipe Vieira pagou 5 euros por ação quando, em abril de 2001, foram colocadas para subscrição as ações da Benfica SAD com um preço unitário de mil escudos.

Recorde-se que Luís Filipe Vieira é um dos quatro arguidos na Operação 'Cartão Vermelho' – a par com o filho, Tiago Vieira, o empresário José António do Santos (conhecido como o "rei dos frangos") e o agente de futebol Bruno Macedo – em que se investigam crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais que lesaram o Estado, a SAD do Benfica e o Novo Banco.

 

Depois de três noites detido, Vieira começou a 10 de julho a cumprir a medida de prisão domiciliária, tendo a 6 de agosto o juiz Carlos Alexandre aceitado as garantias dadas – dois imóveis e dinheiro depositado numa conta do Estado – para a caução de três milhões de euros, podendo assim o ex-presidente do Benfica ficar em liberdade.

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