As tecnologias estiveram a ser penalizadas na sessão de quarta-feira em Wall Street, sobretudo devido ao mau desempenho da Apple, com as vendas do iPhone 8 a não revelarem a procura desejada. Um analista citado pela Bloomberg comentou que as vendas deste novo modelo estão a ser "substancialmente inferiores" às de modelos anteriores.

O volume de pré-encomendas do iPhone 8 ficou abaixo do registado para o iPhone 7 e iPhone 6, sublinhou numa nota aos clientes o analista Jun Zhang, da Rosenblatt Securities.

E na China essa redução da procura é bastante expressiva. Segundo Zhang, houve pré-encomendas de 1,5 milhões de iPhone 8 no website retalhista chinês JD.com nos três dias que se seguiram à apresentação do produto, quando no período comparável para as encomendas de iPhone 7 esse número foi de 3,5 milhões.

As acções da empresa da maçã sediada em Cupertino (Califórnia) registaram a maior queda do último mês, ao recuarem 1,68% no fecho desta quarta-feira para 156,07 dólares. A meio da sessão chegaram a cair 3,1% para 153,83 dólares, naquela que foi a maior descida desde 10 de Agosto.

No passado dia 12 de Setembro, a empresa liderada por Tim Cook apresentou os novos produtos da Apple: uma versão actualizada do Apple Watch e três novos modelos do ícone iPhone, o 8, o 8 Plus e o X.

Nesse mesmo dia, a Apple encerrou no vermelho. Isto porque o facto de o iPhone X só chegar aos EUA em Novembro desiludiu o mercado. Entretanto, uma semana volvida, as vendas da versão 8 estão aquém do previsto, o que colocou nova pressão sobre as acções.

A Apple atingiu o seu máximo histórico no primeiro dia deste mês, ao tocar nos 164,94 dólares. Tinha acabado de anunciar, na véspera, a data de apresentação dos seus novos produtos e o mercado ficou eufórico. Mas a animação esmoreceu desde que foram desvendadas as novas vedetas da empresa.

A nova descida de preço na sessão desta quarta-feira reduziu para 34,75% o ganho acumulado da Apple este ano, avaliando-a em 805 mil milhões de dólares.