Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

"Utilities" pressionam Wall Street

As principais bolsas norte-americanas viveram uma sessão de altos e baixos esta sexta-feira. Depois de quase atingirem máximos históricos, sustentadas pelo aumento das contratações em Janeiro nos Estados Unidos, os índices de Wall Street inverteram e fecharam em baixa.

Bloomberg
06 de Fevereiro de 2015 às 21:10
  • ...

O Dow Jones encerrou a cair 0,34%, para 17.823,97 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,3% para 2.055,49 pontos.

 

Entre segunda e quinta-feira, o S&P acumulou um ganho de 3,4%. Na sessão de quinta-feira, 5 de Fevereiro, tinha já anulado as perdas no acumulado de 2015. Hoje voltou a ficar no vermelho no cômputo do ano.

 

O tecnológico Nasdaq Composite, por seu lado, terminou a ceder 0,43% para 4.744,39 pontos.

 

As praças do outro lado do Atlântico abriram em alta, animadas pelo anúncio de que as entidades patronais dos EUA contrataram mais do que o esperado, no mês passado, a marcarem o maior aumento de empregos dos últimos 17 anos no acumulado dos últimos três meses.

 

O aumento de 257.000 empregos em Janeiro segue-se a um acréscimo de 329.000 postos de trabalho em Dezembro passado, segundo o Departamento norte-americano do Trabalho.

 

"Estes números são verdadeiramente extraordinários", comentou à Bloomberg um gestor de carteiras do Bank Wealth Management, Eric Wiegand.

 

Apesar deste aumento na criação de empregos em Janeiro, a taxa de desemprego norte-americana subiu para 5,7%. No entanto, o facto de as contratações estarem em forte subida nos últimos três meses estava a ter mais influência no sentimento do mercado.

 

Os resultados das empresas têm estado igualmente a sustentar as praças norte-americanas. Cerca de 77% das empresas que integram o S&P 500 e que já reportaram os seus resultados superaram as estimativas dos analistas relativamente aos lucros, tendo 56% apresentado um volume de negócios superior ao esperado, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

 

Por outro lado, os preços do petróleo continuaram hoje a valorizar nos mercados internacionais, registando a maior subida acumulada de duas semanas desde Março de 1998, o que animou os títulos ligados à energia na abertura da sessão bolsista.

 

Mas foi sol de pouca dura. Apesar da subida do crude, muitos títulos ligados à energia acabaram por perder o gás nos EUA.

 

Nas categorias representadas no S&P 500, a mais penalizada foi a das "utilities" (água, gás, electricidade), que recuou 4%, fixando-se abaixo do seu nível médio dos últimos 50 dias pela primeira vez em quatro meses.

 

Do lado dos ganhos, destaque para o Bank of America, que subiu mais de 3%, devido à expectativa de que os bons dados económicos possam fazer a Fed decidir-se a subir os juros em breve.

Ver comentários
Saber mais Wall Street bolsa S&P 500 Dow Jones Nasdaq Composite
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio