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Trump e Home Depot agitam Wall Street mas não impedem novos recordes

Os mercados accionistas dos EUA encerraram em terreno misto, com vários focos de instabilidade a mexerem com o bom momento que se vive em Wall Street. Apesar da volatilidade e da negociação em sobe-e-desce, o Nasdaq e o Standard & Poor’s 500 atingiram novos máximos históricos.

Bloomberg
20 de Julho de 2017 às 21:42
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O Standard & Poor’s 500 fechou a sessão desta quinta-feira a resvalar muito marginalmente (0,02%) para 2.473,45 pontos. Na negociação intradiária voltou a marcar um novo máximo de sempre, ao tocar nos 2.477,62, naquele que foi o seu 27.º máximo histórico este ano.

 

O Nasdaq Composite seguiu uma tendência positiva, continuando a acumular recordes. O índice tecnológico fechou a somar 0,08% para 6.390,00 pontos e a meio da sessão atingiu o auge nos 6.398,26 pontos – sendo a terceira sessão consecutiva a estabelecer valores nunca antes vistos.

 

Por seu lado, o Dow Jones, cedeu 0,13% para se fixar nos 21.611,78 pontos.

 

Os principais índices norte-americanos estiveram a negociar entre ganhos e perdas ao longo de toda a sessão, com os investidores atentos aos resultados das empresas e ao panorama político do país.

 

Um acordo entre a Sears e a Amazon contribuiu para animar as cotações das duas retalhistas, destaca a ABC News. A Sears disparou depois de anunciar que começará a vender os electrodomésticos Kenmore na Amazon.com, incluindo dispositivos inteligentes que podem ser sincronizados com a assistente de voz da Amazon, a Alexa.

 

A ser pressionada por este anúncio esteve a Home Depot, tendo caído 4% para 147,15 dólares, com os analistas a questionarem se as vendas dos seus electrodomésticos serão afectadas por este acordo.

 

Por seu lado, os ganhos da Regeneron e da Microsoft deram gás ao Nasdaq, sublinha a Reuters.

 

"As notícias económicas gerais têm sido sólidas e ajudado a sustentar as bolsas, mas há alguns resultados trimestrais que ficaram abaixo do esperado, sendo por isso que observamos um movimento de subidas e descidas", comentou ao Market Watch uma estratega da Edward Jones, Kate Warne.

 

No entanto, acrescentou Kate Warne, o sentimento dominante no mercado continua a ser positivo e os investidores estão a responder bem ao contínuo crescimento económico modesto e a resultados trimestrais "muito bons", apesar de haver algumas empresas que não corresponderam às expectativas.

 

A mesma analista adverte, contudo, para o facto de existir um risco de aumento da volatilidade devido aos tumultos na cena política norte-americana.

 

Esta quinta-feira soube-se que Robert Mueller, o conselheiro especial dos EUA que está a investigar as possíveis ligações entre a campanha de Donald Trump e a Rússia, nas eleições presidenciais do ano passado, alargou a sua investigação ao próprio presidente para analisar os seus negócios financeiros.

 

Com efeito, uma fonte próxima do processo disse à Bloomberg que Mueller está a investigar um vasto leque de transacções envolvendo as empresas de Trump, bem como as dos seus associados.

 

Os investigadores do FBI estão a analisar, nomeadamente, as compras de apartamentos, por parte de russos, nos edifícios Trump, bem como o potencial envolvimento do presidente num controverso projecto imobiliário no Soho, em Nova Iorque, com parceiros russos; a edição de 2013 do concurso de Miss Universo em Moscovo; e a venda, por parte de Trump, de uma mansão na Florida a um oligarca russo em 2008.

 

Os mercados continuam atentos a todos estes desenvolvimentos, bem como aos programas prometidos por Trump, incluindo uma vasta reforma regulatória e fiscal e investimentos em infra-estruturas, que até agora ainda não se concretizaram. 

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