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Títulos emitidos por empresas dispararam 5,2 mil milhões de euros em outubro

No mês de outubro, as emissões de títulos excederam as amortizações em 1,6 mil milhões de euros, dos quais 1,1 mil milhões foram referentes a títulos de dívida e os restantes 0,5 mil milhões a ações.

No final de julho, estavam parados 71,1 mil milhões de euros nas contas dos portugueses.
Jose Manuel Ribeiro/Reuters
10 de Dezembro de 2021 às 11:14
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No mês de outubro, as emissões de títulos excederam as amortizações em 1,6 mil milhões de euros, dos quais 1,1 mil milhões foram referentes a títulos de dívida e os restantes 0,5 mil milhões a ações, revelam os dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Quer no caso das sociedades financeiras quer no caso das restantes empresas, as emissões de títulos superaram as amortizações em 1,1 mil milhões de euros.

Em sentido inverso, no setor público as amortizações ultrapassaram o montante de novas emissões em 0,5 mil milhões de euros.

O valor total de títulos emitidos por entidades residentes aumentou 3,4 mil milhões de euros, para 489,6 mil milhões de euros no final de outubro.

O principal setor responsável por este incremento foi o das sociedades não financeiras, com um contributo de 5,2 mil milhões de euros, impulsionado, segundo o BdP  "pela valorização de ações cotadas".

Seguiram-se as sociedades financeiras, com uma subida de 1,0 mil milhões de euros.

Já o saldo total dos títulos emitidos pelas administrações públicas diminuiu 2,8 mil milhões de euros. O BdP explica que esta descida é sobretudo alimentada "pela desvalorização dos títulos de dívida pública".

Do total de 309,5 mil milhões de euros de títulos de dívida vivos no final de outubro, estavam previstas, nos 12 meses seguintes, amortizações de 14,2% (43,9 mil milhões de euros).

Destacavam-se as administrações públicas, com amortizações de 9,4 mil milhões de euros calendarizadas para outubro de 2022, e as sociedades não financeiras, com amortizações de 4,8 mil milhões de euros em novembro de 2021.

Como explica a instituição financeira liderada por Mário Centeno, "este último valor corresponde, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de uma amortização acompanhada de uma nova emissão, igualmente de curto prazo".

"É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês", prevê o Banco de Portugal.



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