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Tensão internacional põe bolsa de Lisboa a cair pela terceira sessão

A praça portuguesa acompanha as congéneres europeias que estão em mínimos de seis meses e seguem a linha vermelha deixada pelas bolsas asiáticas depois de novo disparo de míssil por parte da Coreia do Norte.

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29 de Agosto de 2017 às 08:09
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A bolsa portuguesa começou com perdas a sessão desta terça-feira, 29 de Agosto, alinhada com a abertura no vermelho da generalidade das praças europeias, a reflectir a aversão a activos de risco por parte dos investidores, horas depois de novo incidente envolvendo um míssil lançado pela Coreia do Norte.

O PSI-20 iniciou o dia a perder 0,55% para 5.101,14 pontos, pela terceira sessão consecutiva e em mínimos de 19 de Maio, com 14 títulos em perda, três em alta e dois inalterados. As acções europeias congregadas no Stoxx 600 já estiveram a negociar em mínimos de seis meses (27 de Fevereiro).

A motivar as desvalorizações estão as prestações do BCP, que cai 1,35% para 0,219 euros, em mínimos de 8 de Junho, Galp e EDP, enquanto do lado das valorizações estão Pharol, Corticeira Amorim e Ibersol.

A Pharol, que ontem anunciou ter fechado o primeiro semestre com lucros de 61,8 milhões de euros, avança 1,59% para 0,319 euros. 

Sonae e Jerónimo Martins apresentam quedas (respectivamente de 0,21% para 0,96 euros e de 0,58% para 16,24 euros) à espera da divulgação, pelo Instituto Nacional de Estatística, dos dados do volume de negócios no retalho em Julho.

A Galp recua 0,66% para 13,65 euros, numa altura em que o preço do barril de petróleo soma tanto em Nova Iorque como em Londres (0,48% para 52,14 euros no caso do Brent do mar do Norte), condicionado pelos efeitos do furacão Harvey na capacidade produtora e refinadora do Texas, nos EUA. 

Fora do índice nacional, a Teixeira Duarte segue a subir 0,32% para 0,317 euros depois de ter terminado o período de Janeiro a Junho com prejuízos de 9,09 milhões de euros, menos que os 35,77 milhões de euros no período homólogo de 2016.

Já a Martifer, que desde 2010 não registava lucros num primeiro semestre, com um resultado líquido de 5,7 milhões de euros, está inalterada nos 0,359 euros.

As perdas nas praças europeias, que superam 1% tanto em Paris como Amesterdão, coincidem com nova apreciação do euro em relação ao dólar, no valor mais elevado desde Janeiro de 2015. E seguem-se a perdas generalizadas nos índices asiáticos. 

O índice japonês Nikkei chegou a negociar em mínimos de 8 de Maio e o Topix em mínimos de 14 de Junho, enquanto o sul-coreano Kospi chegou a cair 0,59% e transaccionou no valor mais baixo em duas semanas. Já a praça de Xangai manteve-se próxima de máximos de Janeiro de 2016 registados nas últimas sessões, subindo ligeiros 0,08%.

(Notícia actualizada às 8:21 com mais informação)

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