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Tecnológicas pressionam Wall Street antes de dados da inflação nos EUA

Os principais índices em Wall Street interromperam os mais recentes ganhos, numa sessão em que a Nvidia contagiou negativamente as grandes tecnológicas.

Richard Drew/AP
09 de Dezembro de 2024 às 21:13
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Os principais índices em Wall interromperam a mais recente série de ganhos e desvalorizaram, depois de na sexta-feira tanto o S&P 500 como o Nasdaq Composite terem alcançado máximos históricos. Os investidores atentam agora no principal evento da semana, os números da inflação de novembro nos Estados Unidos - que serão conhecidos na quarta-feira.

Este indicador é um dos últimos, entre o mais relevantes, a ser conhecido antes da última reunião de política monetária do ano da Reserva Federal, que se realiza a 17 e 18 de dezembro.

O S&P 500 perdeu 0,61% para 6.052,85 pontos, enquanto o industrial Dow Jones caiu 0,54% para 44.401,93 pontos. Por sua vez, o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,62% para 19.736,69 pontos.

A probabilidade de uma descida de juros em 25 pontos base pela Fed em dezembro aumentou para 89% na sexta-feira, depois de terem sido conhecidos dados que mostraram uma aceleração da taxa de desemprego para 4,2%, o que demonstra menor robustez do mercado laboral.

O Citigroup reduziu as perspetivas para o corte de juros, de 50 para 25 pontos base, enquanto a Jefferies manteve a estimativa inalterada em 25 pontos.

Entre os principais movimentos de mercado, a Workday valorizou 5,06%, à boleia de uma inclusão no "benchmark" mundial S&P 500.

Já a Nvidia perdeu 2,55%, após o regulador dos mercados financeiros chineses ter revelado que está a investigar a empresa devido a uma suspeita de violação da lei antimonopólio numa aquisição realizada em 2020 - e que foi, na altura, aprovada por Pequim. A "AI-darling" de Wall Street soma mais de 150% este ano.

Também a Advanced Micro Devices esteve sob pressão e recuou 5,57%, depois de o Bank of America ter reduzido a recomendação para a empresa de "comprar" para "manter", citando o seu limitado potencial de alta como resultado de "riscos de maior competitividade no setor da inteligência artificial face ao domínio da Nvidia".

Por sua vez, as cotadas chinesas em Wall Street pularam depois de o Politburo - o Comité Central do Partido Comunista Chinês - ter sinalizado que vai adotar uma estratégia "moderadamente flexível" no que toca à política monetária no próximo ano e uma política orçamental mais proativa, numa tentativa de fomentar o crescimento económico. A Alibaba subiu 7,42%, a PDD Holdings ganhou 10,45% e a Baidu cresceu 7,65%.

Já a Hershey liderou os ganhos no "benchmark" mundial S&P 500, ao disparar 10,85%, depois de a Bloomberg ter noticiado que a Mondelez, que detém marcas como a Toblerone, Milka e Oreo, está a avaliar a aquisição da histórica fabricante de chocolates.

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