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Tecnológicas animam Wall Street e Apple recupera o trono de cotada mais valiosa por alguns segundos
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, animadas sobretudo pelo bom desempenho do setor tecnológico, enquanto se aguardava pelas contas da dona da Google.
O Dow Jones encerrou somar 0,70% para 25.239,37 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,68% para 2.724,87 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite registou uma subida de 1,15% para 7.347,54 pontos.
As bolsas do outro lado do Atlântico mantiveram assim a tendência positiva registada nas últimas sessões, hoje muito à conta do setor tecnológico, com destaque para a Apple, Google e Microsoft.
Tratou-se da quarta sessão consecutiva de subidas em Wall Street.
As cotadas das tecnologias tiveram uma boa performance neste arranque de semana, animadas também pelo facto de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter dito que as conversações comerciais entre os EUA e a China estão a "correr muito bem".
O setor tecnológico é bastante sensível ao tema das tensões comerciais, uma vez que uma parte significativa das suas receitas provém da China.
Os investidores aguardavam pelos resultados da Alphabet, dona da Google, a serem reportados após o fecho da sessão.
Na sessão de hoje, a Apple recuperou momentaneamente o seu título de cotada norte-americana mais valiosa, superando a Microsoft e a Amazon.com, com a Alphabet muito perto deste trio em termos de capitalização bolsista.
Com a Microsoft e a Apple a ganharem perto de 3%, o valor de mercado da empresa da maçã foi durante alguns segundos de 806,6 mil milhões de dólares, superando em 200 milhões o da Microsoft e em 1,2 mil milhões o da Amazon.
A Microsoft rapidamente recuperou o seu lugar cimeiro no pódio (811,26 mil milhões de capitalização bolsista no fecho), mas a Apple terminou a valer mais (807,49 mil milhões de dólares) do que a Amazon (802,29 mil milhões).
A General Motors, por seu lado, terminou com um ganho ligeiro de 0,34% para 38,93 dólares, depois de anunciar que vai dispensar 4.000 trabalhadores no âmbito da sua última ronda de uma reestruturação anunciada em finais de novembro passado e que acabará por emagrecer a sua força de trabalho na América do Norte, composta por 54.000 funcionarios, em 15%.
A maior fabricante automóvel dos EUA anunciou em novembro que reduziria um total de cerca de 15.000 empregos e cessaria a produção em cinco fábricas da América do Norte. Os cortes incluíam a eliminação de cerca de 8.000 trabalhadores (o corresponde a 15%).
O mercado está também à espera do discurso sobre o Estado da União, que Trump irá proferir amanhã no Congresso.
O chefe da Casa Branca deverá deixar pistas sobre a política comercial dos Estados Unidos e outros assuntos em destaque nos mercados.
O discurso do Estado da União deveria ter sido proferido a 29 de Janeiro, mas foi adiado uma semana devido aos atrasos decorrentes da paralisação dos serviços públicos a nível federal ("shutdown").