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Tecnologias sustentam Wall Street e dão recorde a Nasdaq

As bolsas norte-americanas fecharam em terreno positivo, com excepção de uma perda marginal do Dow Jones. As tecnologias a darem gás ao movimento altista e a colocarem o Nasdaq em território nunca desbravado.

Reuters
01 de Maio de 2017 às 21:55
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As tecnologias, que apresentaram na semana passada, na quase generalidade, resultados trimestrais acima do esperado pelos analistas, estiveram esta segunda-feira a impulsionar os mercados accionistas do outro lado do Atlântico, numa sessão em que a negociação na Europa esteve encerrada devido à comemoração do Dia do Trabalhador.

 

O tecnológico Nasdaq Composite foi o índice que mais beneficiou com o bom desempenho das cotadas do seu sector, tendo marcado um recorde de fecho ao ganhar 0,73% para 6.091,60 pontos. Durante a sessão, atingiu mesmo um novo máximo histórico, ao tocar nos 6.100,73 pontos.

 

Por seu turno, o Standard & Poor’s 500 encerrou a somar 0,17% para se fixar nos 2.388,33 pontos.

 

Em contrapartida, o Dow Jones resvalou muito ligeiramente. Recuou 0,13% no fecho, estabelecendo-se nos 20.913,46 pontos.

 

A sustentar o Nasdaq continuaram a estar os resultados trimestrais acima do esperado que foram apresentados por algumas grandes tecnológicas na semana passada, como a Alphabet e Amazon.

 

A pesar no Dow Jones e a não permitir que o S&P 500 ganhasse mais terreno estiveram declarações do presidente dos EUA relativamente à estrutura da banca. Donald Trump disse que está a ponderar segmentar os bancos de Wall Street, o que pesou nas cotadas do sector financeiro.

 

Com efeito, Trump quebrou os títulos da banca quando disse, em entrevista à Bloomberg News, que está a pensar separar as actividades dos grandes bancos norte-americanos.

 

O presidente norte-americano referia-se à lei Glass-Steagall de 1933, que foi repelida em 1999, que obrigava a banca dos EUA a segmentar as suas actividades comerciais das de investimento. Trump está a ponderar reintroduzir essa norma, numa "versão século XXI".

 

Recorde-se que, na sequência da crise financeira de 2007-08, adoptou-se nos EUA, em 2010, a Lei Dodd-Frank, de regulamentação do sector financeiro, que visava separar novamente as actividades da banca de investimento e as de retalho, mas a sua regulamentação não ficou concluída. A sua aplicação esteve centrada na limitação do tamanho dos bancos, num contexto de futuras fusões. Os chamados bancos "demasiado grandes para falir" deram uma grande dor de cabeça à Administração norte-americana durante a crise, e a ideia era que isso não se pudesse repetir.

 

Além disso, o chefe da Casa Branca disse, nesta mesma entrevista à Bloomberg, que está a ponderar aumentar o imposto sobre a gasolina para financiar o investimento em infra-estruturas.

 

Depois da euforia destes sectores, à conta da prometida reforma fiscal e revisão de algumas rígidas regulações do sector financeiro, estas declarações feitas hoje foram um "balde de água" fria para as empresas que operam nestas indústrias. 

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