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Tecnologias e subida dos juros da dívida pressionam Wall Street

As principais bolsas norte-americanas continuaram hoje a ser penalizadas pelo mau desempenho no sector tecnológico, numa sessão em que os investidores aguardavam pelas contas da dona da Google. Também a subida dos juros da dívida dos EUA pressionou as praças do outro lado do Atlântico, pois apesar de isso beneficiar a banca também faz com que os investidores desviem parte das suas aplicações para o mercado obrigacionista.

Reuters
23 de Abril de 2018 às 21:07
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As bolsas dos EUA fecharam generalizadamente em baixa, pressionadas sobretudo pela tecnologias e pela atractividade do mercado obrigacionista. No entanto, as oscilações não foram expressivas e o S&P 500 conseguiu mesmo, nos minutos finais, chegar à tona.

 

O Dow Jones encerrou a deslizar 0,06% para 24.448,69 pontos, ao passo que o Standard & Poor’s 500 somou 0,01% para se fixar nos 2.670,29 pontos.

 

Por seu turno, o Nasdaq Composite recuou 0,25% para 7.128,60 pontos.

 

A pressionar Wall Street esteve a subida dos juros da dívida a 10 anos dos EUA, que hoje atingiu um máximo de quatro anos ao tocar nos 2,998% devido aos receios de aceleração da inflação numa altura em que os preços do petróleo continuam a subir – o que faz com que os investidores desviem aplicações do mercado accionista para o obrigacionista, se bem que as cotadas da banca se vejam beneficiadas com a subida das "yields".

 

A dívida com vencimento a 10 anos está assim muito perto dos 3%, um nível que há alguns meses assustou os investidores. No entanto, nem todos estão receosos.

 

Jeff Kravetz, estratega do U.S. Bank Wealth Management, comentou à Reuters que embora a subida dos juros das obrigações torne as acções menos atractivas, o facto de se esperar uma época robusta de apresentação dos resultados trimestrais das cotadas ajuda a contrabalançar.

 

Na opinião de Kravetz, as obrigações só irão competir verdadeiramente com as acções quando as "yields" chegarem aos 4%.

 

Os analistas inquiridos pela Reuters apontam para que os lucros das empresas que integram o S&P500 tenham aumentado 19,9% no período entre Janeiro e Março, o que representa a maior subida em sete anos.

 

Por sectores, foram uma vez mais as tecnologias que pesaram na tendência, com os investidores ainda muito prudentes devido às perspectivas de uma fraca procura de smartphones.

 

O mercado aguardava com expectativa os resultados da Alphabet, casa-mãe da Google, a serem anunciados depois do fecho das bolsas norte-americanas.

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