Notícia
Subida da inflação "core" não assusta Wall Street
As principais praças do lado de lá do Atlântico terminaram sem tendência definida, num dia em que foi divulgada a inflação nos EUA. Apesar do aumento dos preços o mercado descarta uma subida de juros em setembro.
Os principais índices em Wall Street encerraram a sessão mistos, com os investidores a avaliarem a leitura da inflação de agosto nos Estados Unidos, que mostrou uma aceleração para 3,7%, acima dos 3,2% registados em julho e mais que os 3,6% antecipados pelos analistas. Esta foi a maior subida em mais de um ano.
A motivar a subida dos preços no consumidor estão os custos com os combustíveis, que representaram quase metade da inflação.
Ainda assim, a inflação subjacente, que exclui os preços mais voláteis de alimentos e energia, subiu 1,3% e 4,3% em termos mensais e anuais, respetivamente, em linha com as expectativas do mercado.
O índice industrial Dow Jones recuou 0,2% para 34.575,53 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 subiu 0,12% para 4.467,44 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,29% para se fixar nos 13.813,59 pontos.
"Dado que os investidores estiveram mais cautelosos nos últimos dias se calhar as pessoas esperavam uma inflação subjacente mais elevada do que vimos", disse à Reuters Peter Tuz, analista da Chase Investment Counsel, acrescentando que os dados "confirmam a ideia de a Fed esperar para ver o que mais dados mostram antes de possível subir as taxas de juro em novembro".
"A taxa de inflação foi ligeiramente positiva numa base 'core', mas a subida dos preços dos combustíveis afeta as vendas a retalho", explicou o especialista. "Os 20 dólares extra que se gasta a encher o depósito de combustível são menos 20 dólares que se gastam noutras coisas", completou.
Vincent Reinhart, economista-chefe da Dreyfus and Mellon, argumentou, em declarações à CNBC, que os dados hoje divulgados "não interessam para a próxima reunião da Fed". "Eles não vão agir. Não sinalizar ação. Os participantes do mercado não esperam ação. E isso é porque a Fed abrandou a velocidade do aperto da política monetária", acredita o especialista. "Se algo acontecer será em novembro", concluiu.
Segundo a ferramenta da CME FedWatch, os mercados estimam em 97% que a Fed deixe as taxas de juro diretoras inalteradas na próxima reunião de política monetária.
A motivar a subida dos preços no consumidor estão os custos com os combustíveis, que representaram quase metade da inflação.
O índice industrial Dow Jones recuou 0,2% para 34.575,53 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 subiu 0,12% para 4.467,44 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,29% para se fixar nos 13.813,59 pontos.
"Dado que os investidores estiveram mais cautelosos nos últimos dias se calhar as pessoas esperavam uma inflação subjacente mais elevada do que vimos", disse à Reuters Peter Tuz, analista da Chase Investment Counsel, acrescentando que os dados "confirmam a ideia de a Fed esperar para ver o que mais dados mostram antes de possível subir as taxas de juro em novembro".
"A taxa de inflação foi ligeiramente positiva numa base 'core', mas a subida dos preços dos combustíveis afeta as vendas a retalho", explicou o especialista. "Os 20 dólares extra que se gasta a encher o depósito de combustível são menos 20 dólares que se gastam noutras coisas", completou.
Vincent Reinhart, economista-chefe da Dreyfus and Mellon, argumentou, em declarações à CNBC, que os dados hoje divulgados "não interessam para a próxima reunião da Fed". "Eles não vão agir. Não sinalizar ação. Os participantes do mercado não esperam ação. E isso é porque a Fed abrandou a velocidade do aperto da política monetária", acredita o especialista. "Se algo acontecer será em novembro", concluiu.
Segundo a ferramenta da CME FedWatch, os mercados estimam em 97% que a Fed deixe as taxas de juro diretoras inalteradas na próxima reunião de política monetária.