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S&P500 sobe para máximo histórico após Fed admitir descer juros
As bolsas americanas seguem com ganhos, ainda a refletir as perspetivas traçadas pela Fed. O S&P500 atingiu mesmo um novo máximo histórico.
Os principais índices bolsistas dos EUA estão a subir, com o Dow Jones a ganhar 0,91% para 26.744,81 pontos, o Nasdaq a avançar 1,19% para 8.082,18 pontos e o S&P500 a apreciar 0,96% para 2.954,79 pontos, tendo já negociado acima dos 2.955 pontos, o que corresponde a um máximo histórico.
A contribuir para este desempenho estão as novidades sobre a política monetária nos EUA. A Reserva Federal (Fed) dos EUA manteve as taxas de juro na reunião de junho, mas admitiu descer o preço do dinheiro. Jerome Powell assumiu que os dados apontam, pela primeira vez, para um cenário de descida de juros, o que elevou a expectativa dos investidores.
"O cenário para uma política um pouco mais acomodatícia fortaleceu-se", afirmou o presidente da Fed durante a conferência de imprensa que se seguiu ao fim da reunião de política monetária. Powell disse ainda que a Fed está preparada para usar as ferramentas necessárias para ajudar no crescimento económico, voltando assim a garantir que a autoridade estará pronta a responder no caso de a economia precisar.
Este contexto fez com que os investidores elevassem as suas expectativas sobre o futuro da política monetária nos EUA. O Goldman Sachs está já a prever que a Fed anuncie duas descidas de juros nos EUA este ano, num total de 50 pontos base. A primeira será já em julho e a segunda dois meses depois.
Entre as cotadas destaque para a Boeing, cujas ações estão a apreciar 1,01% para 372,33 dólares, depois de a fabricante de aviões ter anunciado que está em negociações com mais companhias aéreas para vender mais unidades do 737 Max. A Boeing tinha já revelado que a IAG, dona da British Airways, disse estar interessada em comprar 200 aviões deste modelo.
A Oracle está a avançar mais de 6% para 56,08 dólares após ter elevado as previsões de lucros do atual trimestre, o que está a animar a negociação dos títulos.
Do lado oposto está a Carnival, ao perder mais de 11% para 46,85 dólares, depois de ter revisto em baixa as estimativas de lucros para este ano, devido ao anúncio da administração Trump de banir os cruzeiros para Cuba. A operadora de cruzeiros não está sozinha na reação, as rivais Royal Caribean Cruises e a Norwegian Cruise Line também estão a ceder mais de 2,5%.
Os investidores estão também menos pessimistas em relação à guerra comercial entre os EUA e a China. O presidente dos EUA revelou no início desta semana que as equipas norte-americanas e chinesas já estão em negociações, em antecipação da reunião que irá realizar-se na próxima semana. Donald Trump revelou que teve uma "conversa muito boa ao telefone" com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e antecipou uma reunião "aprofundada" a ser realizada na próxima semana, durante a cimeira do G-20.