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S&P pode subir "rating" do BPI em dois níveis; Moody’s retira perspectiva negativa

O sucesso da OPA lançada pelo CaixaBank pode melhorar o "rating" do banco português, segundo a S&P. Já a Moody’s confirmou a notação atribuída, retirando a perspectiva negativa que existia até aqui.

Paulo Duarte/Negócios
19 de Janeiro de 2017 às 17:12
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A Standard & Poor’s pode rever em alta o "rating" atribuído ao Banco BPI, dependente do sucesso da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank. A Moody’s, por sua vez, deixou de apontar para uma descida da classificação de risco.

 

Em relação à S&P, a revisão "CreditWatch", um tipo de revisão que depende de um evento específico, deixou de estar "em progresso" para ser "positiva". Na prática, a opção da agência "reflecte a possibilidade de uma subida em dois níveis se a aquisição pelo CaixaBank for concluída como previsto".

 

"O rating" atribuído actualmente é "BB-", o que é visto como sendo um investimento com características especulativas. Com esta subida, a classificação de risco passaria para "BB+", o último nível de "lixo" antes de ser considerado um investimento aconselhável pela agência.

 

Há um motivo para isso: com a OPA, aumentam as hipóteses de, em caso de necessidade, o CaixaBank ajudar a capitalizar o BPI, o que dá força ao seu "rating", escreve o analista Antonio Rizzo. Só que a subida é limitada a dois níveis apenas porque "o BPI continuará a estar limitado ao ‘rating’ de crédito soberano de longo prazo de Portugal". A notação da dívida soberana é "BB+", com uma perspectiva estável.

 
Moody's retira perspectiva negativa

Esta quarta-feira, 18, a Moody’s encerrou a revisão em baixa, que tinha iniciado em Março, em relação ao "rating" de Ba3, três níveis de "lixo", em que o investimento é considerado especulativo. Segundo o comunicado da agência americana, a justificar esta decisão está a venda de 2% no Banco de Fomento Angola (BFA) à Unitel, transacção através da qual perde o controlo daquela instituição financeira.

 

"A Moody’s assume que esta venda soluciona a violação que o BPI fazia do limite dos grandes riscos a Angola, evitando por isso sanções do Banco Central Europeu (BCE)", indica o comunicado. 

 

Da mesma forma, a conclusão da OPA do CaixaBank – com uma probabilidade "muito elevada" de ser obtida uma participação maioritária – beneficia a classificação de risco.  

Os títulos do BPI encerraram a sessão desta quinta-feira, 19 de Janeiro, inalterados nos 1,131 euros.

 

(Notícia actualizada com mais informações às 17:30)

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