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S&P 500 e Nasdaq marcam novos máximos históricos mas perdem fôlego
Os novos dados económicos dos EUA, que mostraram uma inflação persistente no país, contrariaram o otimismo dado pelos resultados da Nvidia ao mercado.
A escalada das ações da Nvidia não foi suficiente para fazer com que Wall Street fechasse em terreno positivo, apesar de o S&P 500 e o Nasdaq terem atingido máximos históricos durante a sessão. Isto acontece numa altura em que a economia norte-americana continua ainda muito pressionada por uma inflação persistente, como demonstram novos dados económicos divulgados nesta quinta-feira.
A atividade comercial nos EUA acelerou para o valor mais elevado em dois anos no mês de maio, mas os preços subiram numa variedade de "inputs", o que sugere que a inflação nos bens de consumo pode aumentar nos próximos meses.
O índice de referência S&P 500 fechou a desvalorizar 0,74% para 5.267,84 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite desceu 0,39% para os 16.736,03 pontos - depois de, durante a sessão, os dois índices terem disparado para os seus valores mais altos de sempre, nos 5.341,88 pontos e nos 16.996,39 pontos, respetivamente.
Já o industrial Dow Jones recuou 1,53% para 39.065,26 pontos.
Os resultados da Nvidia continuaram no centro das atenções dos investidores, com as ações da empresa a escalarem 9,32% para um recorde de fecho nos 1.037,99 dólares. Durante a sessão estabeleceu um máximo histórico nos 1.063,20 dólares. A gigante tecnológica apresentou ontem resultados surpreendentes ao mercado – que já tinha grandes expetativas –, registando receitas trimestrais recorde, no valor de 26 mil milhões de dólares, o que corresponde a um aumento de 262% face ao período homólogo. Os analistas esperavam subidas na ordem dos 200%.
O setor tecnológico foi, aliás, o único a avançar entre os 11 principais que constituem o S&P 500, durante esta quinta-feira. No entanto, as rivais da Nvidia não cresceram com o entusiasmo ligado à inteligência artificial, com concorrentes como a Cisco e a Juniper a recuarem 1,75% e 0,26%, respetivamente.
Os investidores estão agora menos confiantes em que uma diminuição das taxas de juro possa acontecer já em setembro. De acordo com dados da CME FedWatch Tool, citados pela Reuters, o mercado aposta numa probabilidade de 52,2% de que as taxas de juro vão descer em 25 pontos base no final do terceiro trimestre do ano - uma grande queda dos 67% que se registavam na semana passada.