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Snap afunda 43% e arrasta tecnológicas

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram no vermelho, com exceção do Dow. O profit warning da Snap fez descarrilar ainda mais as tecnológicas.

Vários bancos estão a antecipar-se ao agravamento nos custos de financiamento em mercado. Citigroup e JPMorgan deverão estar entre os emitentes mais ativos nos EUA.
Shannon Stapleton/Reuters
24 de Maio de 2022 às 21:21
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Os principais índices de Wall Street terminaram em baixa, com exceção do Dow. O setor tecnológico marcou a maior queda.

 

O índice industrial Dow Jones conseguiu recuperar fôlego nos minutos finais da sessão e terminou a somar 0,15% para 31.928,62 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,81% para 3.923,68 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 2,35% para se estabelecer nos 11.264,45 pontos.

 

Ontem, a Snap – dona da Snapchat – reviu em baixa a estimativa para os seus lucros no atual trimestre, o que fez com que hoje afundasse. Fechou a mergulhar 43,10% para 12,79 dólares e arrastou todo o setor tecnológico.

 

"A semana até começou de feição para os touros, sedentos de um balão de oxigénio. A declaração de Joe Biden sobre uma reavaliação das tarifas impostas à China deu o impulso necessário para uma sessão com ganhos interessantes, aproveitando a falta de notícias relevantes, a dois dias de serem conhecidas as atas relativas à última reunião da Fed, que serão quase certamente o ponto alto desta semana para os investidores, que tentam aferir nesta fase qual o nível de agressividade com que o banco central irá subir os juros até ao final do ano", sublinha Marco Silva, consultor da ActivTrades, na sua análise diária a que o Negócios teve acesso.


Isto porque "não obstante ser aceite pela maioria que os juros nos EUA deverão estar no nível da neutralidade à entrada de 2023, entre os 2,25% e os 2,5%, o certo é que existem algumas vozes dentro do conselho de governadores, como James Bullard, o mais austero de todos, que defendem um patamar acima dos 3% para conter eficazmente a inflação", acrescenta.

 

Além disso, existe o tema da redução do balanço da Fed, que aparenta para já ser mais pacifico que os juros, algo que poderá ser confirmado no documento que será conhecido na quarta-feira já na reta final do dia, deixando assim apenas espaço para a tradicional reação a quente dos investidores, que nem sempre tem continuação na quinta-feira", nota Marco Silva.


Enquanto as atas não chegam e com o ruído dominante de mercado a ser na discussão sobre se estamos num fundo de curto prazo ou não, os ursos deram um descanso na segunda-feira. No entanto, "e como prova da fragilidade do sentimento, o anúncio do outlook bastante pessimista da empresa detentora do Snapchat, após o fecho do mercado na segunda-feira, anulou de uma assentada apenas todo o trabalho dos touros", deixando os índices norte-americanos de volta às quedas, refere o consultor.

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