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Sinal vermelho em Wall Street

Os principais mercados acionistas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, com as tecnológicas de novo à procura de direção.

A instabilidade criada pela pandemia da covid-19 está a penalizar os investimentos, em 2020.
Lucas Jackson/Reuters
10 de Setembro de 2020 às 21:12
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O Dow Jones encerrou a ceder 1,45% para 27.534,58 pontos, e o Standard & Poors 500 recuou 1,76% para 3.339,05 pontos.

 

Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,99% para 10.919,59 pontos, pressionado por títulos como a Apple, Microsoft e Amazon.

 

As cotadas do setor tecnológico estiveram de novo entre as mais castigadas. Depois do forte movimento de sell-off nas últimas sessões da semana passada, na terça-feira regressaram à negociação (no arranque da semana as bolsas norte-americanas estiveram encerradas para comemoração do Dia do Trabalhador) com sinal vermelho, levando o Nasdaq para território de correção ao cair mais de 10% face ao último máximo.

 

Na sessão de ontem, as tecnológicas conseguiram ganhar fôlego, mas esta quinta-feira regressaram a terreno negativo, com os investidores a recear que estejam demasiado valorizadas.

A Apple fechou a cair 3,26% para 113,49 dólares, tendo perdido o estatuto de two-trillion-dollar-baby, já que a sua capitalização bolsista desceu para 1,97 biliões de dólares. A empresa da maçã  tornou-se a primeira empresa cotada na história dos Estados Unidos a superar a avaliação de mercado de 2 biliões de dólares, no passado dia 19 de agosto.

 

A travar maiores quedas no Nasdaq esteve a Tesla, que encerrou a somar 1,38% para 371,34 dólares.

 

Entre os destaques da sessão esteve também o Citigroup, que terminou a ceder 0,89% para 50,95 dólares no dia em que nomeou Jane Fraser (até aqui diretora da unidade da banca de retalho) como a sua próxima CEO tornando-a a primeira mulher a liderar um grande banco de Wall Street.

 

Apesar de as bolsas dos EUA terem aberto em alta, rapidamente inverteram a tendência, com o elevado número de pedidos iniciais de subsídio de desemprego na semana passada nos EUA a lembrar aos investidores que há ainda uma díficil recuperação económica pela frente.

 

As novas solicitações deste apoio mantiveram-se no nível da semana precedente, nos 884.000, anunciou hoje o Departamento norte-americano do Trabalho. O consenso de mercado estimava que pudessem ter recuado para 846.000 a acontecer, teria sido a terceira semana consecutiva de redução no número destes pedidos.

 

Ainda assim, esta queda nas bolsas poderá ser uma simples pausa no caminho. A Gains Pains and Capital, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, referia ontem que os mercados estavam apenas a fazer uma pausa para respirar, algo que já era necessário, particularmente no reino das tecnológicas.

 

Os mercados são coisas vivas dinâmicas. Nada sobe eternamente e nada desce para sempre. E se o mercado quer sustentar um bull market de mais longo prazo, serão necessários períodos de correção/consolidação para que as coisas acalmem. Estamos num desses períodos e, pelo andar das coisas, está tudo pronto para uma retoma, frisava Graham Summers, principal estratega da Phoenix Capital Research, no referido research da Gains Pains Capital.

 

Muitos participantes do mercado encaram este sell-off como um período de turbulência e não como o início de uma queda mais profunda, salienta a Reuters.

 

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