A Siemens fechou o exercício fiscal terminado em setembro com nove mil milhões de euros de lucro, uma subida de 5% e um máximo histórico, anunciou esta quinta-feira a multinacional alemã.

As receitas cresceram ainda que de forma moderada, passando de 74,9 mil milhões para 75,9 mil milhões de euros, enquanto as encomendas recuaram dos 89,4 mil milhões para os 84,1 mil milhões de euros, revelou ainda a empresa.

A gigante alemã destaca a "forte procura" nas unidades de eletrificação, transporte e software industrial, assinalou o CEO da Siemens, Roland Busch (na foto), que reconheceu que na divisão do setor automóvel o ambiente mantém-se "desafiador".

As perspetivas para o próximo ano apontam para algumas "nuvens negras", com o grupo a antecipar que as receitas possam crescer entre 3% e 7%, isto num cenário de "crescimento macroeconómico moderado".

O grupo adverte ainda para a "incerteza geopolítica", destacando o risco de "conflitos comerciais", nomeadamente com as políticas protecionistas defendidas pelo presidente-eleito dos EUA, Donald Trump, e as previsíveis retaliações, nomeadamente da China. 

"Os nossos acionistas irão beneficiar de um aumento proposto do dividendo para 5,20 euros e de um ‘dividend yield’ correspondente de 2,9%", referiu ainda Ralf P. Thomas, "chief financial officer" (CFO) da Siemens.

As ações da Siemens chegaram a disparar 7,54%, até aos 192,92 euros, um valor nunca alcançado. Entretanto, os títulos da gigante alemã aliviaram ligeiramente e sobem 6,85% para oos 191,68 euros.