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Segundo maior accionista da Jerónimo Martins vendeu 5% da posição
A Asteck vendeu ontem 31,4 milhões de acções da Jerónimo Martins, correspondentes a 5% do capital da cotada portuguesa. Ficou ainda com 5% em mãos.
Em comunicado divulgado ao início da madrugada de 14 de Maio, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVMV), a Asteck confirmou a venda de 5% do capital da dona do Pingo Doce.
“A Asteck vem pela presente comunicar a colocação com sucesso de 31.464.750 acções ordinárias representativas do capital social da Jerónimo Martins através de um procedimento de ‘accelerated book built’ dirigido a investidores institucionais e a outros investidores qualificados”, refere o documento. A colocação foi gerida pelo Goldman Sachs International, na qualidade de único Bookrunner.
A Asteck detinha, através da Heerema, uma "holding" ligada ao sector petrolífero, uma participação de 10% no capital da Jerónimo Martins, sendo por isso o segundo maior accionista da empresa portuguesa. Com esta operação, passou a deter 5% na empresa liderada por Pedro Soares dos Santos.
"As receitas serão usadas para financiar os investimentos da Heerema na sua actividade principal", adiantava o comunicado emitido ontem para a CMVM com o anúncio da colocação, sendo que não era referido qualquer valor de venda. Uma fonte próxima do processo revelou à Bloomberg que o valor da operação deveria ser entre 16,50 e 17,25 euros, mas este ainda não foi divulgado.
Heerema mais do que quadruplica investimento
O valor estabelecido para a venda pressupõe que a Heerema vai mais do que quadruplicar - com um encaixe entre 520 milhões e 543 milhões de euros - o investimento que fez em 2007, altura em que comprou os 10% que detém na Jerónimo Martins.
A holandesa comprou, a 23 de Fevereiro de 2007, fora de mercado, 12.585.900 acções da Jerónimo Martins. Ainda que não se saiba o valor de compra, o preço de fecho das acções da da dona dos supermercados Pingo Doce no dia 23 de Fevereiro foi de 3,866 euros (valor já ajustado do “stock split”).
Ontem, a Heerema detinha os mesmos 10% de capital, ainda que o número de acções tivesse aumentado devido a um “stock split” que a cotada realizou ainda em 2007. Na altura, a Jerónimo Martins realizou um “stock split” de uma para cinco acções. Ou seja, os accionistas passaram a deter cinco acções por cada uma que tinham anteriormente, numa operação que teve como objectivo aumentar a liquidez em bolsa da dona dos supermercados Pingo Doce.