Notícia
Saudi Aramco quer angariar mais 20 mil milhões de dólares em bolsa. Já chamou bancos
A Saudi Aramco está em vias de realizar uma segunda venda de ações e planeia angariar 20 mil milhões de dólares, indica a Bloomberg. Já terão sido contactados alguns bancos de investimento e a operação pode até avançar nas próximas semanas.
A Saudi Aramco - detida a 90% pelo governo saudita - está a planear realizar uma segunda venda de ações, reforçando o seu "free float" na bolsa saudita. A informação está a ser avançada pela Bloomberg que revela que já terão sido consultados bancos como o Citigroup, Goldman Sachs e HSBC.
A colocação poderá atingir os 20 mil milhões de dólares, o que a tornará uma das maiores ofertas dos últimos anos. Apesar de tal operação poder vir a acontecer nas próximas semanas, o "timing" da decisão e a quantidade de ações que vão ser dispostas não é certo.
Em janeiro de 2021, o príncipe e líder "de facto" do país, Mohammed bin Salman, revelou que planeava vender mais ações da petrolífera, com os ganhos a serem transferidos para o fundo soberano do Reino.
A maior exportadora de crude do mundo, que produz atualmente nove milhões de barris por dia, mas com capacidade para chegar aos 12 milhões, entrou em bolsa em 2019, e angariou 25,6 mil milhões de dólares.
Na oferta pública inicial (IPO, em inglês), um dos tópicos que chamou a atenção dos analistas foram as baixas comissões pagas aos bancos que levaram a cabo a operação, de apenas 100 milhões de dólares. Em jeito de comparação, a Alibaba que levantou 25 mil milhões no seu IPO em 2014 pagou cerca de 300 milhões aos bancos.
Indica a Bloomberg que os planos de Mohammed bin Salman para diversificar a economia poderão ter sido um fator de atração para alguns dos maiores bancos de investimento do mundo.
O desafio para a Saudi Aramco, que tem uma capitalização bolsista de 1,84 biliões de euros, será o de encontrar novos investidores. À época do IPO muitas empresas internacionais optaram por não entrar no capital da petrolífera dadas às elevadas expectativas de avaliação do governo saudita e o baixo rendimento da Aramco em comparação com os pares do sector.
O IPO ficou, assim, dependente sobretudo de investidores de retalho locais e de "family offices" abastados.
Apesar da petrolífera ter anunciado um novo mecanismo para aumentar os dividendos, numa tentativa de atrair investidores e aumentar a liquidez, ainda fica atrás dos seus pares em determinados rácios.
Um dos mais importantes, o "price-to-earnings" - que revela a relação entre a cotação e os lucros por ação e que permite aferir se os títulos da empresa estão baratos, ou caros, face aos resultados líquidos que obtém - é ainda superior ao da Shell, BP e ExxonMobil. Apesar disto várias gestoras de ativos têm investido na Saudi Aramco devido ao seu elevado peso na bolsa saudita.
No final de janeiro, a Saudi Aramco tinha deixado cair por terra os planos para aumentar a capacidade de produção petrolífera. A decisão, que apanhou o mercado de surpresa, levantando questões quanto à procura desta matéria-prima para os próximos anos, permite ao Reino libertar vários milhares de milhões de dólares que podem ser investidos noutros setores.
Mohammed bin Salman tem atualmente em curso um plano denominado de "Vision 2030", cujo principal objetivo é de transformar a economia saudita e reduzir a dependência das receitas provenientes da exploração petrolífera.
A colocação poderá atingir os 20 mil milhões de dólares, o que a tornará uma das maiores ofertas dos últimos anos. Apesar de tal operação poder vir a acontecer nas próximas semanas, o "timing" da decisão e a quantidade de ações que vão ser dispostas não é certo.
A maior exportadora de crude do mundo, que produz atualmente nove milhões de barris por dia, mas com capacidade para chegar aos 12 milhões, entrou em bolsa em 2019, e angariou 25,6 mil milhões de dólares.
Na oferta pública inicial (IPO, em inglês), um dos tópicos que chamou a atenção dos analistas foram as baixas comissões pagas aos bancos que levaram a cabo a operação, de apenas 100 milhões de dólares. Em jeito de comparação, a Alibaba que levantou 25 mil milhões no seu IPO em 2014 pagou cerca de 300 milhões aos bancos.
Indica a Bloomberg que os planos de Mohammed bin Salman para diversificar a economia poderão ter sido um fator de atração para alguns dos maiores bancos de investimento do mundo.
O desafio para a Saudi Aramco, que tem uma capitalização bolsista de 1,84 biliões de euros, será o de encontrar novos investidores. À época do IPO muitas empresas internacionais optaram por não entrar no capital da petrolífera dadas às elevadas expectativas de avaliação do governo saudita e o baixo rendimento da Aramco em comparação com os pares do sector.
O IPO ficou, assim, dependente sobretudo de investidores de retalho locais e de "family offices" abastados.
Apesar da petrolífera ter anunciado um novo mecanismo para aumentar os dividendos, numa tentativa de atrair investidores e aumentar a liquidez, ainda fica atrás dos seus pares em determinados rácios.
Um dos mais importantes, o "price-to-earnings" - que revela a relação entre a cotação e os lucros por ação e que permite aferir se os títulos da empresa estão baratos, ou caros, face aos resultados líquidos que obtém - é ainda superior ao da Shell, BP e ExxonMobil. Apesar disto várias gestoras de ativos têm investido na Saudi Aramco devido ao seu elevado peso na bolsa saudita.
No final de janeiro, a Saudi Aramco tinha deixado cair por terra os planos para aumentar a capacidade de produção petrolífera. A decisão, que apanhou o mercado de surpresa, levantando questões quanto à procura desta matéria-prima para os próximos anos, permite ao Reino libertar vários milhares de milhões de dólares que podem ser investidos noutros setores.
Mohammed bin Salman tem atualmente em curso um plano denominado de "Vision 2030", cujo principal objetivo é de transformar a economia saudita e reduzir a dependência das receitas provenientes da exploração petrolífera.