Notícia
Sangria no grupo Adani expulsa multimilionário do top 10 dos mais ricos do mundo
O conglomerado indiano foi acusado a semana passada pela Hindenburg, uma empresa de "research", de manipulação de mercado e fraude contabilística.
Gautam Adani (na foto), dono do grupo com o mesmo nome, abandonou o top 10 das pessoas mais ricas do mundo do índice de multimilionários da Bloomberg.
O ainda homem mais rico da Ásia caiu para 11.ª posição da tabela das maiores fortunas do globo, com um património líquido avaliado em 84,4 mil milhões de dólares, tendo perdido desde o início do ano cerca de 36 mil milhões de dólares.
Com esta fortuna, Adani fica praticamente ombro a ombro com o industrial Mukesh Ambani, o qual possui um património líquido avaliado em 82,2 mil milhões de dólares, estando assim em risco de perder também o título de maior multimilionário da Ásia.
A disputa entre Gautam Adani e a Hindenburg, uma empresa de "research", intensificou-se e os efeitos fizeram-se sentir nas ações das várias cotadas do império Adani. Em apenas três sessões, no seu conjunto, as várias empresas do grupo já perderam cerca de 75 mil milhões de dólares em bolsa, de acordo com as contas da Bloomberg.
O conglomerado indiano foi acusado a semana passada pela Hindenburg de manipulação de mercado e fraude contabilística, tendo este fim de semana apresentado uma refutação de 413 páginas, que acabou por ser descrita pela empresa de "research" como uma declaração "ofuscada pelo nacionalismo", já que o conglomerado defende que a Hindenburg está a atacar a própria Índia.
Apesar desta sangria, sobretudo contabilizada entre o final da semana passada e esta segunda-feira, as ações das cotadas do grupo negociaram de forma mista, com a notícia de que a venda de 2,5 mil milhões de dólares em ações da joia do grupo, a Adani Entreprises, foi totalmente subscrita pelos investidores.
Assim, os títulos da Adani Entreprises subiram 3,22%, a par das ações da Adani Green Energy, as quais cresceram 3,62%. Já a Adani Total Gas caiu 10%.