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Resultados levam CTT a perder quase 25% do seu valor este ano

As acções dos CTT viveram um dia negativo reflectindo o desapontamento dos investidores face a uma queda dos lucros próxima de 14%. Os títulos chegaram a tocar num mínimo histórico, embora tenham atenuado a desvalorização no fecho.

Miguel Baltazar/Negócios
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A última sessão desta semana não foi positiva para as acções dos CTT. A empresa de serviço postal revelou esta quinta-feira, 9 de Março, uma quebra de 13,7% nos lucros do ano passado e as acções reflectiram, esta sexta-feira, o desagrado dos investidores.

No fecho da sessão, os títulos dos CTT recuavam 3,11% para 4,855 euros. Durante a sessão, desceram 5,39% para 4,741 euros, o que corresponde ao valor mais baixo de sempre. A liquidez do título foi elevada, tendo trocado de mãos mais de 2,9 milhões de acções e a média diária dos últimos seis meses foi superior a 782 mil títulos.


Com a desvalorização registada esta sexta-feira, a acção já perde 24,45% desde o início do ano. A capitalização bolsista da empresa liderada por Francisco Lacerda é de 730,3 milhões de euros.


A empresa liderada por Francisco Lacerda anunciou assim que os lucros de 2016 desceram 13,7% para 62,2 milhões de euros. O valor saiu abaixo do previsto pelos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para que os CTT terminassem o ano com um lucro médio de 63,7 milhões de euros.


Na nota diária enviada hoje aos clientes, o CaixaBI salienta que os "resultados foram negativos com uma pressão considerável a nível do EBITDA, nomeadamente no Correio", onde se registou uma queda de 47,8% em termos homólogos.

O EBITDA dos CTT caiu 24,2% para 102,1 milhões de euros, com a margem a situar-se nos 17,2%. Excluindo o Banco CTT, o EBITDA desceu 11,7% para 129 milhões de euros, uma queda superior à previsão reportada no final de Janeiro, quando a empresa emitiu um comunicado a rever em baixa as suas estimativas para o ano passado devido essencialmente ao último trimestre de 2016.


O CaixaBI destaca pela negativa a "diminuição no consumo por parte da Autoridade Fiscal com um impacto de 10 milhões de euros nas receitas consolidadas".


Os CTT reafirmaram o compromisso de pagar este ano um dividendo de 48 cêntimos por acção.


Na conferência de imprensa para apresentação dos resultados, a gestão mostrou confiança no banco e nas encomendas para crescer em 2017, assinalando que que se a queda do tráfego de correio for de 4% a 5% este ano conseguirá estabilizar o EBITDA.


Na nota onde comenta os resultados de 2016, os analistas do BPI destacam que as novas perspectivas de resultados avançadas pela empresa situam-se abaixo do anterior "outlook", tendo reafirmado a recomendação de "neutral", com um preço-alvo de 6,80 euros para o final deste ano.


As receitas no quarto trimestre ficaram 1% abaixo das previsões do BPI, enquanto o EBITDA teve um desvio negativo de 10%.

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