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Lucros dos CTT caem 13,7% em 2016

Os CTT fecharam o ano com uma quebra de lucros de quase 14%. Os números ficaram aquém das estimativas.

Miguel Baltazar/Negócios
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Os resultados líquidos dos CTT desceram 13,7% para 62,2 milhões de euros, em 2016, de acordo com o comunicado emitido esta quinta-feira, 9 de Março, pela empresa liderada por Francisco Lacerda, colocado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O valor saiu abaixo do previsto pelos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para que os CTT terminassem o ano com um lucro médio de 63,7 milhões de euros. 

Na apresentação de resultados, Francisco Lacerda, presidente dos CTT, afirmou que o lançamento do banco CTT e os rendimentos operacionais abaixo do esperado impactaram o resultado de 2016. O responsável sublinhou que a subida do preço médio de 1,1% no serviço universal não foi suficiente para compensar a queda de tráfego de correio que foi de 4,2%.

As receitas da empresa caíram 5% para 669,7 milhões de euros, num período em que a queda de 4,2% do tráfego de correio endereçado acabou por se sobrepor ao aumento de preços, explica a empresa.

 

O único segmento que contribuiu positivamente para os rendimentos operacionais do grupo foi o Banco CTT, uma vez que em 2015 ainda não existia. No ano passado, esta instituição financeira gerou um rendimento operacional inferior a um milhão de euros. Os restantes segmentos registaram quedas.

 

"A captação de poupança atingiu os 3,8 mil milhões de euros, na grande maioria correspondentes a subscrições de Títulos de Dívida Pública, que perfizeram cerca de 97% daquele montante, com destaque para a colocação de Certificados do Tesouro Poupança Mais; os rendimentos de colocação de dívida pública registaram um crescimento de 6,3% relativamente a 2015", adianta a empresa no mesmo documento.

 

"Os rendimentos operacionais recorrentes da área de negócio Banco CTT atingiram 961,7 mil euros em 2016, período em que o foco esteve na abertura de contas e captação de clientes", explica a mesma fonte.

Francisco Lacerda salientou ainda que a redução de gastos no ano passado de 4,1% apenas compensou dois terços da queda de rendimentos.

 

O EBITDA caiu 24,2% para 102,1 milhões de euros, numa altura em que as amortizações, depreciações, provisões e imparidades caíram quase 55% para 11,2 milhões de euros. A margem de EBITDA situou-se nos 17,2%.

 

Excluindo o Banco CTT, o EBITDA desceu 11,7% para 129 milhões de euros, uma queda superior à previsão reportada no final de Janeiro, quando a empresa emitiu um comunicado a rever em baixa as suas estimativas para o ano passado devido essencialmente ao último trimestre de 2016.


(Notícia actualizada às 17:18)

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