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Regulador quer reabrir a bolsa grega na segunda-feira
O mercado de capitais está fechado há mais de um mês e poderá abrir na próxima sessão. É esse o objectivo do regulador, mas falta ainda uma decisão final por parte do ministro das Finanças grego.
O regulador do mercado de capitais da Grécia tem como objectivo a reabertura da bolsa do país já na próxima sessão. "Estamos a trabalhar com base em segunda-feira, mas estamos à espera da decisão do ministro [das Finanças] com os pré-requisitos legais para a reabertura", disse à Reuters Konstantinos Botopoulos, presidente da Hellenic Capital Market Commission.
A bolsa grega está encerrada desde 29 de Junho, na mesma altura em que foram impostos controlos de capitais e que os bancos do país fecharam portas. No dia 26 de Julho o principal índice da bolsa de Atenas subiu 1,62%, sendo que também há mais de um mês que não são negociados títulos de dívida na bolsa grega e os resgates de fundos de investimento estão congelados.
Depois do Banco Central Europeu ter dado luz verde ao Governo grego para reabrir a bolsa, foram várias as notícias que apontavam para estivesse iminente o regresso ao funcionamento normal do mercado de capitais do país, mas a reabertura tem sido adiada.
No decreto que o ministro das Finanças vai publicar terão de constar as novas regras de funcionamento, sendo que várias operações continuarão limitadas. Segundo a Reuters, os gregos poderão comprar acções, mas não com recurso a dinheiro dos depósitos nos bancos, uma vez que as autoridades temem que os gregos utilizem a bolsa para retirar mais dinheiro dos bancos.
O BCE tinha demonstrado receios com uma reabertura extemporânea e sem controlo dos mercados financeiros do país, devido ao impacto que uma forte queda das acções e outros títulos poderia ter no já muito debilitado sector financeiro.
Os bancos reabriram na semana passada e o Governo grego voltou a suavizar as restrições bancárias. Os cidadãos gregos podem agora levar consigo 2.000 euros em dinheiro ou o seu equivalente em moeda estrangeira nas suas viagens ao estrangeiro, e pais com filhos a estudar fora da Grécia podem transferir 5.000 euros por trimestre. Ao mesmo tempo, o Governo permitiu a transferência para o estrangeiro de um máximo de 2.000 euros para gastos médicos.