Notícia
Receios de retirada de estímulos levam Wall Street a perdas
As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, pela segunda sessão consecutiva, com os investidores a especularem que o acordo orçamental firmado no Congresso abre caminho ao início da retirada dos estímulos da Fed à economia.
O Standard & Poor’s 500 (S&P 500) recuou 1,13% para 1.782,22 pontos, numa segunda sessão consecutiva de perdas após o índice ter fixado um novo máximo histórico na passada segunda-feira, dia 9 de Dezembro. O Nasdaq recuou 1,40% para 4.003,81 pontos e o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,8% para 15.043,53 pontos.
A negociação em Wall Street foi pressionada por especulação de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana reduza os estímulos à economia na reunião da próxima semana. Os receios de que a retirada dos estímulos tenha lugar já na próxima semana foram agravados pelo acordo entre os Democratas e Republicanos no Congresso, que adiou uma potencial nova crise do tecto da dívida para depois de Fevereiro.
“Aproximamo-nos muito do início da retirada dos estímulos da Fed em Dezembro”, afirmou o estratega da LPL Financial, Jeffrey Kleintop, à Bloomberg. “Os mercados estão a incorporar a expectativa de que estaremos a uma semana da redução dos estímulos por causa das melhorias observadas na economia e pelo facto de ser ter adiado o problema de um acordo orçamental”, acrescentou.
O acordo obtido no Congresso prevê uma redução da despesa em 20 mil milhões de dólares para 23 mil milhões e adia a necessidade de aumentar o tecto da dívida para depois de Fevereiro, segundo a agência noticiosa.
No comunicado relativo à reunião de política monetária da Fed em Outubro, as preocupações orçamentais foram referidas como uma ameaça à economia e uma das justificações para a manutenção das ajudas à economia. A decisão foi vista pela Fitch como “uma melhoria no funcionamento da política orçamental.”