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Reabertura da economia anima bolsas dos EUA. Petróleo continua a pressionar e há Fed, PIB e resultados

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, animadas pela pespetiva de retirada gradual das medidas de confinamento nos Estados Unidos.

Reuters
27 de Abril de 2020 às 21:09
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O Dow Jones fechou a somar 1,51% para 24.133,78 pontos e o Standard & Poor’s 500 valorizou 1,47% para 2.878,48 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 1,11% para se fixar nos 8.730,16 pontos.

 

Os índices continuaram a ser sustentados hoje pela perspetiva da retirada gradual das medidas de "lockdown" em estados como o Tennessee, Texas, Ohio e Montana.

 

Esta foi a quarta sessão de valorização consecutiva do Dow Jones (o que não acontecia desde inícios de fevereiro), que a três dias do mês terminar está com um ganho de perto de 10% em abril, o que, a permanecer, será o melhor mês desde outubro de 2002 – o mesmo acontecendo com o Nasdaq (a subir mais de 13% em abril).

 

O S&P 500, com um pulo de mais de 11% este mês, está a caminho da melhor subida mensal desde dezembro de 1991.

 

Do lado dos ganhos na sessão desta segunda-feira, destaque para a Tesla, que avançou 10,15% para 798,75 dólares, animada pelos relatos da Bloomberg e da CNBC de que a fabricante de veículos elétricos poderá reabrir a sua fábrica na Califórnia (em Fremont, perto de São Francisco) para que alguns funcionários regressem ao trabalho já na próxima quarta-feira, 29 de abril.

 

A fabricante liderada por Elon Musk reporta também na quarta-feira os seus resultados trimestrais, após o fecho da bolsa.

Os apuros decorrentes do petróleo barato

 

Nas perdas, o destaque vai para a energia, numa sessão em que os preços do petróleo continuaram a afundar.

 

Há cada vez mais empresas do setor – exceto as donas de superpetroleiros, agora mais procurados para armazenar crude no mar por falta de espaço em terra – em apuros, já que não conseguem operar com margens viáveis perante preços tão baixos da matéria-prima.

 

Hoje a Diamond Offshore pediu protecção contra credores nos EUA. A empresa de prospecção de petróleo offshore opera 15 plataformas que trabalham para a Hess, Occidental, Petrobras e BP.

 

A pressão dos preços do crude deverá também continuar a provocar uma vaga de suspensões de atividade, numa altura em que os produtores se debatem com um excesso de oferta e uma procura muito limitada – cenário agravado pela pandemia do novo coronavírus.

 

O número de plataformas petrolíferas em atividade caiu para 378 na semana passada, tendo 60 encerrado durante esse período, segundo os dados da Baker Hughes. Ou seja, menos 53% do que na mesma semana do ano passado.

 

No início de abril, a Whiting Petroleum também pediu proteção contra credores, ao abrigo da lei de falências dos EUA, tornando-se a primeira grande produtora independente de petróleo de xisto ("shale oil") a sucumbir à queda dos preços do crude.

 

Para que a maioria das empresas norte-americanas do "shale oil" possa continuar em atividade, os preços médios do crude de referência dos EUA – o West Texas Intermediate – têm de negociar pelo menos entre 40 e 45 dólares por barril (e hoje transaccionava na casa dos 12 dólares) devido aos custos de extração mais caros do que no caso do petróleo convencional, sublinha a CNN.

 

Em contraste, o crude saudita é o mais barato de produzir, a uma média de 8,98 dólares por barril, sendo que na Rússia os custos médios de produção são de 19,21 dólares por barril.

Tecnológicas, Fed e PIB

 

Os investidores vão estar bastante atentos a esta semana às contas das grandes tecnológicas, como a Amazon, Alphabet, Facebook, Apple e Microsoft.

 

Na quarta-feira as atenções vão estar especialmente viradas para a decisão da Reserva Federal sobre política monetária e para os dados do PIB do primeiro trimestre.

No dia seguinte será a vez de serem dados a conhecer os dados relativos aos novos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada.

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