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Queda dos títulos da energia penaliza Wall Street
Os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram em baixa, pressionados pelo facto de a descida dos preços do petróleo ter castigado os títulos das empresas de energia, desencadeando um movimento de vendas.
O Dow Jones fechou a sessão de segunda-feira a recuar 0,66% para 17.730,51 pontos, e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,7% para 2.077,15 pontos depois de ter chegado a estar a subir 1,2%.
O índice tecnológico Nasdaq Composite, por seu turno, desvalorizou 0,79% para 5.101,81 pontos.
Os preços do crude continuaram em queda, com o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações europeias – em mínimos de quase sete anos no mercado londrino e o "benchmark" dos EUA, o West Texas Intermediate, a negociar abaixo doa 38 dólares por barril.
A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), na passada sexta-feira, de não anunciar formalmente uma quota de produção – relegando essa decisão para a reunião de Junho do ano que vem – e de oficializar a produção actual dos seus membros acabou por pesar fortemente nas cotações da matéria-prima, isto porque o plafond actual era de 30 milhões de barris por dia mas o cartel tem produzido em torno de 31,5 milhões de barris diários. Ou seja, apesar de a OPEP não ter anunciado um aumento do seu tecto de produção, o certo é que viabilizou os actuais níveis dos seus membros que superam em 1,5 milhões de barris por dia a meta que estava definida.
Com o afundar das cotações do crude, os títulos das empresas ligadas ao sector energético foram bastante pressionados na sessão desta segunda-feira, o que fragilizou o sentimento dos investidores numa altura em que reina a cautela enquanto se aguarda pela decisão da Reserva Federal norte-americana, no próximo dia 16, relativamente à sua política monetária – com os operadores inquiridos pela Bloomberg a apontarem para uma probabilidade de 78% de a Fed iniciar a subida dos juros já este mês.