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Queda dos preços do petróleo volta a penalizar Wall Street

As principais bolsas norte-americanas abriram a negociar terreno negativo, com a descida das cotações do crude a pressionar os títulos da energia numa altura em que o "efeito Fed" está já a desvanecer-se.

18 de Dezembro de 2015 às 15:08
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O Dow Jones segue a ceder 0,64% para 17.383,67 pontos, e o Standard & Poor’s 500 recua 0,5% para 2.031,18 pontos. O índice tecnológico Nasdaq Composite, por seu lado, desvaloriza 0,44% para 4.980,34 pontos.

 

A queda dos preços do "ouro negro" continua a penalizar os títulos da energia na sessão desta sexta-feira, gerando um movimento de vendas que se estende à maioria das matérias-primas.

 

Com efeito, o índice de "commodities" da Bloomberg – que integra 22 matérias-primas, incluindo petróleo e metais – encerrou ontem no nível mais baixo desde Março de 1999.

 

As bolsas norte-americanas subiram mais de 1% na quarta-feira com a decisão da Reserva Federal norte-americana de elevar em 25 pontos base a taxa de juro de referência – pondo fim a sete anos de taxas de juro em mínimos históricos e acabando com a constante incerteza em torno do ‘timing’ que seria definido da Fed para começar a subir os juros.

 

A decisão da Fed tranquilizou os investidores quanto à resiliência da economia norte-americana para aguentar futuras subidas dos juros, a um ritmo muito gradual, uma vez que a Fed há muito que sublinhava que não iniciaria uma fase de aumento da taxa de juro sem haver solidez económica – nomeadamente no mercado de trabalho e em matéria de inflação.

 

Os juros directores, que estavam desde finais de 2008 em mínimos históricos, entre 0% e 0,25%, subiram agora para um intervalo compreendido entre 0,25% e 0,50%. Desde finais de 2006 que não havia um aumento de juros – foi nessa altura que a Fed começou a descê-los, num movimento que durou dois anos.

 

No entanto, na sessão de ontem Wall Street regressou às quedas, sobretudo devido à valorização da nota verde – na sequência da decisão da Fed –, que fez com que os títulos da energia e das restantes matérias-primas (que são denominados em dólares, por norma) perdessem terreno. Hoje, mantém-se essa tendência.

 

A Knight Transportation segue a afundar em torno de 10%, depois de ter revisto em baixa a perspectiva para os seus lucros do quarto trimestre.

 

Já a Transocean perde mais de 1% depois de a Statoil ter cancelado o aluguer da plataforma desta operadora de serviços petrolíferos no Golfo do México. 

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