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Queda da Jerónimo Martins determina descida da bolsa

A Jerónimo Martins apresentou um conjunto de resultados “fraco”, o que está a levar as acções a perderem quase 3%. Do lado oposto está o BPI, que sobe mais de 2,5% a reflectir os resultados e o anúncio de reembolso antecipado de parte do empréstimo do Estado. Mas este ganho é insuficiente para animar a bolsa, que segue em queda.

31 de Outubro de 2013 às 11:31
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O PSI-20 cai 0,51% para 6.282,35 pontos, com 11 acções a descer, sete a subir e duas inalteradas. Entre os congéneres europeus a tendência não é definida, com algumas bolsas a conseguirem inverter para terreno positivo, numa altura em que a apresentação de resultados por parte de algumas cotadas está a conseguir anular parte do impacto da alteração do discurso da Reserva Federal (Fed) dos EUA.

 

O Comité de Operações do Mercado Aberto (FOMC, sigla no original) decidiu manter o ritmo mensal de compras de obrigações sem alterações (85 mil milhões de dólares). Contudo, os economistas estão a apontar para uma retirada dos estímulos para breve. Tudo porque foi suprimida uma frase da declaração que saiu da reunião de Outubro deste comité da Reserva Federal e que estava nas declarações dos encontros dos meses anteriores.

 

O banco central norte-americano deixou cair uma referência, na lista de riscos futuros, ao “aperto das condições financeiras observadas nos últimos meses”, segundo cita a Reuters. O que trouxe a indicação aos economistas de que poderia levar à redução do valor das compras mensais, uma política de estímulo.

 

Na bolsa nacional são os resultados apresentados pelas cotadas que mais condicionam as acções. As acções que mais se destacam são as da Jerónimo Martins e do BPI.

 

Jerónimo penalizada por resultados “fracos”

 

A retalhista está a cair 2,97% para 13,875 euros, depois desta manhã ter anunciado que encerrou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 280,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 3,3% face a igual período do ano passado. Já as receitas subiram 11,5%, para 8,7 mil milhões de euros.

 

Os analistas do BPI consideram o conjunto de resultados de “fraco” e adiantam que os lucros ficaram “10 milhões de euros abaixo das nossas expectativas, devido a um desempenho operacional pior do que o esperado”.

 

BPI animado por reembolso antecipado

 

Já o BPI segue em sentido contrário, com as acções a subirem 2,59% para 1,148 euros, depois de ontem, já depois do fecho do mercado ter divulgado os seus resultados dos primeiros nove meses do ano, um período em que o banco registou um lucro de 72,7 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 38% face ao mesmo período do ano passado.

 

Mas mais do que os resultados, a animar as acções está o anúncio de que vai reembolsar o Estado em 588 milhões de euros, ficando com apenas 332 milhões de euros por amortizar.

 

Ainda na banca, o BES cai 1,11% para 0,979 euros, depois de ontem ter subido mais de 5%. Já o BCP perde 0,27% para 0,1103 euros. O banco liderado por Nuno Amado anunciou, na terça-feira, que vai vender a posição que detém no grego Piraeus, mais cedo do que o mercado estava a antecipar. O BCP estima encaixar 494 milhões de euros com a operação e, ao contrário do que os analistas estavam a prever, o banco não vai usar este dinheiro para reembolsar parte da ajuda do Estado, preferindo reforçar as suas provisões.

 

A EDP está a subir 0,19% para 2,695 euros, no dia em que também a eléctrica vai relevar os resultados referentes aos primeiros nove meses do ano.

 

Sonaecom alivia de ganhos

 

As acções da Sonaecom, que ontem dispararam mais de 6% a reflectir o anúncio de OPA lançada sobre as acções detidas pelos accionistas minoritários, segue esta quinta-feira a cair 1,03% para 2,414 euros.

 

A Sonaecom lançou esta terça-feira uma oferta pública de aquisição (OPA) parcial sobre 24,16% do seu próprio capital, oferecendo como contrapartida acções da Zon Optimus, que correspondem a 2,45 euros por acção. Tendo em conta este valor, o montante da oferta é de 216 milhões de euros. Mas apesar de a reacção ter sido expressiva na última sessão, há um receio entre os pequenos investidores em relação a esta operação. É que há o risco de ficarem com acções desvalorizadas e sem liquidez pode ditar o sucesso da OPA.

 

As acções da Soares da Costa estão a registar uma variação expressiva, de 3,85% para 0,27 euros, depois de ter revelado esta manhã a Prince, subsidiária da Soares da Costa nos Estados Unidos, ganhou o concurso para a uma obra no condado de Orange, na Florida, que tem um valor de 68 milhões de dólares (49 milhões de euros).

 

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