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Queda de 3,5% do BCP pressiona bolsa nacional

O BCP e a Nos terminaram o dia com quedas avolumadas e catalisaram uma queda na bolsa nacional. Lá, fora o preço do petróleo teve uma recaída para mínimos de mais de um ano e levou a Galp ao tapete.

As bolsas mundiais viveram um período dourado de ganhos. Mas a chegada de 2018 inverteu a tendência de ganhos nos mercados financeiros globais. Após anos de máximos e com um nível de volatilidade crescente nos mercados, os especialistas recomendam maior cautela na hora de investir. A aposta recai em empresas de qualidade. 

'O foco continua a estar no crescimento do lucro por acção e nos nomes que podem entregar este crescimento a médio prazo', refere a Amundi. A gestora alerta para uma rotação no mercado para empresas de maior qualidade e realça que prefere empresas norte-americanas, devido ao ambiente de forte subida dos lucros e 'ao facto de os riscos relacionados com a regulação terem sido identificados e descontados [no valor das cotações]. A Pictet também aponta uma estratégia mais defensiva, identificando oportunidades no sector do consumo e da saúde, ao mesmo tempo que passou a assumir uma posição 'neutral' no sector financeiro, face aos riscos actuais.

'No bloco europeu, os sectores de telecoms e 'utilities' continuam a apresentar múltiplos de PER com o maior desconto face à mediana, sendo penalizados pela superior
alavancagem dos seus balanços', nota o BiG, no seu 'outlook' para o terceiro trimestre. O sector industrial, de cuidados de saúde e consumo são outros em que o banco vê oportunidades na Europa.
Reuters
10 de Fevereiro de 2020 às 16:44
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O índice PSI-20 terminou a sessão desta segunda-feira, 10 de fevereiro, a desvalorizar 0,15% para os 5.282,06 pontos, num dia em que o coronavírus voltou a travar o ímpeto dos investidores. 

Com dez cotadas a subir e oito em queda, a bolsa nacional acompanhou a tendência do resto da Europa, com os principais índices a serem impactados pelo contínuo aumento de mortes devido ao coronavírus. Os números mais recentes apontam para mais de 900 vítimas mortais provadas pela pneumonia viral. 

No radar está também o preço do petróleo, que hoje voltou a recuar para mínimos de mais de um ano. O Brent, negociado em Londres e que serve de referência para Portugal, desvaloriza 1,36% para os 53,73 dólares por barril.

A precipitar este sentimento está a hipótese de a OPEP+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e os aliados) não agendar nenhuma reunião de emergência ainda este mês, para fazer face ao impacto que o vírus está a ter no preço da matéria-prima, como era esperado. O comité técnico do cartel reuniu na semana passada - e as negociações prolongaram-se, pela primeira vez, para um terceiro dia - e recomendou um corte de produção extraordinário de 600 mil barris por dia.

Por cá, o BCP desvalorizou 3,49% para os 18,80 cêntimos por ação, no dia em que o
 CaixaBank BPI reduziu a recomendação e o preço-alvo das ações do banco, depois de ter revisto em baixa a projeção para os resultados. O preço-alvo para o final de 2020 desceu 7%, de 0,27 euros para 0,25 euros, o que traduz um potencial de valorização de 28%. A recomendação baixou de "comprar" para "neutral".

Para além do BCP, também a empresa de telecomunicações Nos teve uma queda avolumada (-2,80% para os 4,44 euros), tendo tocado em mínimos de setembro de 2014 no meio da sessão.

A negociar em queda esteve também a Galp, que perdeu 1,42% para os 13,56 euros por ação, em linha com a queda do preço do petróleo. Na Europa, o setor de "oil & gas" foi também um dos mais penalizados (-1,32%).

Em contraciclo negociou a EDP, com uma subida de 1,31% para os 4,646 euros. Também a EDP Renováveis (+0,16%) e a Jerónimo Martins (+2,04%) fecharam a primeira sessão da semana com valorizações. 
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