Notícia
PT afunda para mínimo histórico e arrasta bolsa
A bolsa portuguesa está a contrariar a tendência de recuperação das principais praças europeias, devido à queda das acções da PT, que afundam mais de 5% e atingiram um novo mínimo histórico.
A bolsa nacional negoceia em terreno negativo, pressionada sobretudo pela Portugal Telecom, que atingiu um novo mínimo histórico no arranque da sessão, depois de ontem a cotada ter sido alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária.
O PSI-20 desce 0,22% para 4.630,07 pontos, com nove cotadas em alta, cinco em queda e quatro sem variação. Nas restantes praças europeias a tendência é positiva, com os índices a recuperarem das perdas acentuadas sofridas nas últimas sessões.
Lisboa não consegue a acompanhar esta tendência devido sobretudo à PT SGPS, que afunda 5,3% para 76,8 cêntimos, um novo mínimo histórico. Esta queda surge depois de ontem a Polícia Judiciária ter efectuado buscas na sede da PT SGPS para recolher informação sobre a relação da empresa com a Rioforte.
As queixas de accionistas da PT SGPS, aliadas às da CMVM, conduziram às buscas feitas pela Polícia Judiciária, sendo que o objectivo da CMVM passa por garantir que o relatório relatório de auditoria da PricewaterhouseCoopers (PwC), concluído há um mês, lhe é entregue e que o mesmo é conhecido antes da Assembleia Geral da PT SGPS, marcada para 12 de Janeiro e que irá votar a venda da PT Portugal à Altice.
Ainda a pressionar a bolsa está a Jerónimo Martins, com uma queda de 0,22% para 7,713 euros, depois do Citigroup ter cortado o preço-alvo da cotada de 8,80 euros par 8,50 euros.
Em alta está sobretudo o sector financeiro, com o BCP a avançar 1,14% para 7,07 cêntimos e o Banco BPI a ganhar 0,21% para 94 cêntimos.
A Galp Energia valoriza 0,34% para 8,001 euros, apesar do petróleo continuar em queda, com o barril de Brent e atingir novo mínimo desde Maio de 2009 abaixo dos 50 dólares.