Notícia
PSI-20 regista maior subida semanal desde Janeiro
A bolsa nacional fechou a última sessão em alta, terminando a semana com uma subida superior a 5,5%, o que corresponde à melhor semana desde Janeiro. Na última sessão destaque para o BCP.
O PSI-20 subiu esta sexta-feira 0,42% para 5.5188,53 pontos, com 11 cotadas em alta, seis em queda e uma inalterada. No acumulado da semana o PSI-20 subiu 5,78%, o que corresponde ao maior ganho desde Janeiro, numa semana em que o BCP disparou 20% a beneficiar do alívio de pressão sobre a instituição, depois de ter atingido mínimos de 2012, e de notícias sobre a fusão entre o Millennium Angola e o Banco Atlântico.
O BCP, que detém 50,1% do Millennium Angola, e a sociedade angolana Global Pactum, maior accionista do Banco Atlântico (com 72,35%), acordaram fazer a fusão das operações angolanas, criando o terceiro maior banco de Angola em activos e o segundo em crédito, com uma quota de 10%.
O banco liderado por Nuno Amado vai ficar com 20% da nova instituição, cuja criação está ainda "sujeita à aprovação em assembleia-geral do BMA e do Atlântico, bem como das entidades regulamentares".
Esta sexta-feira foi precisamente o BCP que mais impulsionou o índice, a reflectir esta notícia, já que foi na quinta-feira após o fecho do mercado que o banco liderado por Nuno Amado anunciou esta operação. As acções do banco subiram 4,83% para 6,29 cêntimos.
Ainda na banca, o BPI 1,05% para 1,152 euros e o Banif fechou estável nos 0,38 cêntimos, esta sexta-feira, 9 de Outubro.
Do lado oposto esteve a Jerónimo Martins, que desceu 1,46% para 12,50 euros, no dia em que foi alvo de uma nota de análise por parte do Haitong, em que a casa de investimento considera que as acções da Jerónimo Martins estão a negociar em níveis atractivos, mas a incerteza fiscal na Polónia reduz a visibilidade para os resultados da empresa a longo prazo. Os impostos na Polónia podem tirar 1,4 euros ao "target" da cotada, alertam os analistas.
A cair mais de 1% esteve também a Galp Energia, que terminou o dia a valer 10,04 euros. A petrolífera contrariou assim a tendência do Grupo EDP, que fechou a sessão a subir. A eléctrica liderada por António Mexia subiu 1,04% para 3,496 euros e a EDP Renováveis apreciou 0,99% para 6,324 euros.
Em queda acentuada terminou o dia também a Pharol, ao perder 5,52% para 34,2 cêntimos, aliviando assim os fortes ganhos acumulados nos dias anteriores. Apesar da queda desta sexta-feira, a empresa que detém mais de 27% da Oi, no acumulado da semana a Pharol sobe 27,61%, sendo a cotada que mais aprecia.
A justificar as subidas acentuadas das últimas sessões estão essencialmente dois factores. Por um lado o anúncio de compra de acções próprias, que é uma forma de remunerar os accionistas. Por outro as notícias de consolidação no mercado brasileiro, entre a Oi e a Tim.
No total da semana, houve apenas duas cotadas a descer: a Nos e o Banif e ambas com uma queda inferior a 0,5%.
(Notícia actualizada às 17h06 com mais informação)