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PSI-20 regista maior queda mensal desde Maio de 2012 ao perder 4,95%

O índice bolsista nacional voltou às quedas e desvalorizou 4,95%, no quinto mês do ano, registando a maior descida desde Maio de 2012, quando perdeu 13,77%. A performance negativa da bolsa nacional esteve neste período associada à distribuição de dividendos de alguns dos pesos pesados do PSI-20.

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O principal índice bolsista português perdeu 4,95% desde o início do Maio, a maior queda mensal desde o mesmo mês de 2012, quando desceu 13,77%. A distribuição de dividendos na bolsa portuguesa, durante este mês contribuiu para acentuar o desempenho negativo do PSI-20, no período. Os receios quanto à retirada de estímulos nos Estados Unidos da América (EUA) estiveram também a condicionar a praça lisboeta.

"O desempenho da bolsa portuguesa está muito associado à distribuição de dividendos por parte das empresas que têm maior peso no índice, como a EDP, Galp e Portugal Telecom", explicou Pedro Lino, ao Negócios. O administrador da Dif Broker destacou ainda a operação de venda de 5% da Jerónimo Martins pela Asteck, que mantém agora outros 5% de capital na retalhista. No último mês, a cotada liderada por Pedro Soares dos Santos cedeu 9,23%.  

 

A liderança do ranking de quedas do PSI-20 coube, porém, à Portugal Telecom que caiu 17,19%. Este mês, a operadora liderada por Zeinal Bava divulgou ter registado uma queda dos lucros de 52% para 26,7 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2013. Todavia, a desvalorização mensal da PT foi amplificada pelo impacto da distribuição de dividendos.

 

Ainda no top das desvalorizações ficou o Banco Espírito Santo que recuou 12,20% no mês em que surpreendeu ao revelar um prejuízo de 62 milhões de euros, nos primeiros três meses do ano.

 

No mesmo sector, o Banif recuou 7,50%, apesar de ter registado uma melhoria dos prejuízos para 69,2 milhões de euros, face aos 75,9 milhões de euros de perdas registados no trimestre homólogo. Já o BCP valorizou 1,90% em Maio, apesar de ter revelado um resultado líquido negativo de 152 milhões de euros, no quarto trimestre consecutivo de prejuízos.

 

A EDP foi também uma dos títulos que viu o seu desempenho condicionado pela distribuição de dividendos, tendo desvalorizado 5,02%, no quinto mês do ano. A cotada liderada por António Mexia registou uma queda de 1% nos lucros, no primeiro trimestre para 335 milhões de euros.

 

Liderada por Jorge Manso Neto, a EDP Renováveis registou uma valorização mensal de 3,62%. Entre Janeiro e Março, a empresa das energias verdes observou um aumento de 45% dos lucros para 90 milhões de euros.

 

Também a negociar no sector da energia a Galp somou 3,94%, em Maio. A Eni completou a venda da participação de 6,7% que detinha da petrolífera nacional, ao preço de 12,22 euros por acção. Nas mãos da petrolífera italiana continuarão ainda 16,34% da cotada liderada por Ferreira de Oliveira, mas essa posição já se encontrar comprometida e não será vendida no mercado, no curto prazo.

 

"Nas próximas semanas os mercados irão continuar focados na discussão em torno dos estímulos dos bancos centrais e na evolução do iene japonês", antecipa Pedro Lino, depois de um mês marcado por receios de retirada de estímulos nos EUA. Já Miguel Gomes da Silva acrescenta que "depois de medidas encetadas pelos bancos centrais dos EUA e Japão, que contribuíram para a desvalorização do dólar e iene, receia-se que o Banco da China possa tomar medidas no mesmo sentido".

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