O PSI-20 recuou 0,91% para 5.939,43 pontos, acompanhando a tendência das restantes bolsas europeias, com excepção do ASE/FTSE, que apreciou mais de 3%.

Na bolsa nacional 16 cotadas negociaram em terreno negativo e quatro em alta. As acções que mais recuaram foram as do BES e da Portugal Telecom, que depreciaram 3,66% e 3,19% para os 0,763 euros e 3,28 euros, respectivamente.

No sector da energia, a EDP e a EDP Renováveis foram das acções que mais pressionaram o índice, 1,63% e 1,59% para 2,479 euros e 4,094 euros, respectivamente, sendo que no início do dia estiveram na linha da frente das perdas.

Ainda no sector da energia, a Galp é a empresa que mais impacto teve no PSI-20, com uma subida de 1,61% para 12,65 euros.

A petrolífera beneficiou do facto de a ENI ter vendido, esta sexta-feira, 6,7% da empresa por 12,22 euros por acção.

A petrolífera italiana alienou 55,5 milhões de acções e encaixou um total de 677,6 milhões de euros, segundo o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A ENI ainda detém 16,34% da cotada liderada por Ferreira de Oliveira, mas essa posição já se encontra comprometida e não será vendida no mercado, no curto prazo. Quase metade (8% do capital da Galp) dessa participação está adjudicada a uma emissão de obrigações convertíveis em acções da Galp, e a outra metade (8,34%) faz parte do acordo com Américo Amorim, que tem o direito para comprar estes títulos ainda nas mãos da Eni.

Este negócio foi considerado positivo pelos bancos de investimento Caixa BI e BPI Equity Research, tendo este último incluído a petrolífera na sua lista de acções preferidas.

No sector bancário, o BPI acompanhou a tendência do BES e desvalorizou 3,82% para 1,031 euros. Banif e BCP caminharam na direcção oposta e terminaram o dia a apreciar 0,91% e 1,90% para 0,111 euros e 0,107 euros, respectivamente.

Esta sexta-feira, o banco de investimento Nomura desceu a avaliação dos principais bancos portugueses para reflectir o facto de ter revisto em baixa a previsão para a margem financeira no ano.

O Nomura reiterou a recomendação de “comprar” que atribui às acções do BPI, apesar de ter reduzido o preço-alvo das acções de 1,32 para 1,20 euros. O preço-alvo do BES desceu de 1,10 para 0,85 euros e o do BCP foi revisto de 0,09 para 0,08 euros, com a recomendação de ambos a permanecer em “reduzir”.

Um último destaque para a Zon que recuou 0,57% para os 3,50 euros, no dia em que a empresa liderada por Rodrigo Costa viu a sua quota de mercado recuar aquém dos 50% pela primeira vez, passando de 50,2% no final de 2012 para 49,7% no primeiro trimestre de 2013.