Notícia
PSI-20 acompanha quedas na Europa e desce pela terceira sessão
A bolsa nacional inverteu a tendência positiva do início da sessão, em mais um dia de perdas para a banca europeia. Por cá, a Nos e a Galp Energia são as empresas que mais penalizam.
A bolsa nacional, que iniciou a sessão em terreno positivo, já inverteu a tendência, arrastada pelo pessimismo que marca a negociação na Europa. O PSI-20 segue com sinal menos pela terceira sessão consecutiva, a descer 0,78% para 4.531,47 pontos. Das 18 empresas que o constituem, 14 estão em queda, três em alta e uma inalterada.
Na Europa, os principais índices bolsistas seguem todos no vermelho, pressionados pelo sector da banca – em particular a alemã – e pelas cotadas do sector automóvel. O índice que reúne os maiores bancos do Velho Continente segue em mínimos de 24 de Agosto, com as perdas a serem lideradas pelo Commerzbank.
Os títulos do banco alemão descem 2,8% depois de ter sido noticiado pelo jornal alemão Handelsblatt que a instituição está a preparar a suspensão do pagamento de dividendos aos seus accionistas, além de estar a preparar a eliminação de 9.000 postos de trabalho.
Também o Deutsche Bank, que afundou mais de 7,5% na sessão de ontem devido aos receios em torno dos seus níveis de capital, perde 2,6%.
Na bolsa nacional, a Galp Energia e a Nos são as cotadas que mais penalizam o PSI-20. A operadora liderada por Miguel Almeida desce 2,06% para 5,987 euros enquanto a petrolífera recua 1,15% para 11,59 euros. Esta evolução acontece numa altura em que o "ouro negro" está a desvalorizar quase 1,5% nos mercados internacionais, na véspera da reunião dos membros da OPEP e da Rússia, em Argel.
Ainda na energia, a EDP desce 0,44% para 2,925 euros e a EDP Renováveis cai 0,49% para 7,092 euros, depois de ter anunciado ontem que estabeleceu um acordo com duas instituições financeiras, que não identifica, para o financiamento de "tax equity" no montante de 342 milhões de dólares (305 milhões de euros).
A contribuir para a descida do PSI-20 estão também os CTT, que desvalorizam 1,5% para 5,974 euros, depois de terem tocado no novo mínimo histórico de 5,955 euros.
Esta segunda-feira, a IM Valores reduziu o preço-alvo para as acções da empresa de correios de 7,70 euros para 7,20 euros, justificando a descida com o "cenário mais conservador" do que antes para o negócio das encomendas e para o segmento bancário.
Do lado das subidas destacam-se, esta manhã, o BCP e o BPI. O banco liderado por Nuno Amado valoriza 0,65% para 1,55 cêntimos enquanto o BPI sobe 0,09% para 1,131 euros.